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Artigo exclusivo
Esforço em manter segredo na hora da relação sexual pode potenciar sensações novas e mais intensas.
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A vida sexual de muitos portugueses ficou para trás com a pandemia. O medo de serem ‘apanhados’ pelos filhos, em casa a tempo inteiro, apoderou-se de muitos e a libido tornou-se praticamente inexistente. Quem o diz são os especialistas, que contrariam a ideia. Aliás, o confinamento pode ser encarado como um desafio para apimentar a relação. “Os melhores locais da casa para fazer sexo dependerão da forma como cada família se organiza. O quarto ou a casa de banho trancados podem ser uma opção mais segura para os casais com filhos, de forma a diminuir a inibição e o potencial constrangimento de serem apanhados. Poderá ser também uma sugestão aproveitar a hora do banho para um momento de intimidade, um banho juntos, depois de as crianças estarem deitadas”, recomenda Joana Lima Silva, ginecologista e sexóloga no Hospital Lusíadas Porto. Mas nem sempre é preciso esperar que os mais pequenos estejam a dormir. “O sexo silencioso é possível. O “esforço” em manter segredo, em controlar alguns impulsos, pode levar a sensações novas e mais intensas. O contacto visual é central nesta situações. Para além deste controlo dos sons, deve ter-se em atenção às condições locais: se a cama fizer barulho, será preferível utilizar o chão. A música ou a televisão ligados, são outros aliados na hora de minimizar os ruídos”, acrescenta a especialista. Há também posições que ajudam a camuflar ruídos. “Aquelas em que o casal está frente a frente, com maior proximidade física, limitam os barulhos associados aos movimentos e potenciam o contacto visual”, explica Joana Lima Silva."O pai e a mãe vão ao quarto namorar"Desde cedo, as crianças observam que existem situações associadas a momentos de adultos. Muitas vezes não compreendem e, por isso, expõem dúvidas ou inseguranças. Por esta razão, há quem defenda que os pais devem informar os filhos quando aproveitam para viver momentos íntimos a dois. “Pode ser privilegiado o esclarecimento daquilo que vai acontecer dizendo, por exemplo, às crianças: o pai e a mãe vão ali ao quarto namorar e já vêm ter convosco. Escolham um jogo, quando voltarmos, vamos jogar todos juntos e ver quem ganha. Combinado?”, sugere Marta Calado, psicóloga e psicoterapeuta na Clínica da Mente. A profissional defende, porém, que esta abertura na relação entre pais e filhos deve ser construída desde cedo para que todos se saibam comportar. Quando assim não é, a especialista recomenda: “de forma a não agravar uma situação conjugal ou familiar, deve ser procurada ajuda psicológica”, defende Marta Calado.
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