Cápsula que se enche de nitrogénio foi apresentada em feira de artigos funerários.
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É uma máquina já vista em filmes e séries de ficção, mas que pode agora tornar-se realidade. Uma feira de artigos funerários que decorre em Amsterdão foi o cenário para a apresentação do 'Sarco', uma cápsula de suicídio criada pelo cientista e ativista pela eutanásia australiano Philip Nitschke e pelo designer holandês Alexander Bannink.O militante pela causa da eutanásia tem ideias fortes sobre o suicídio: "Acredito que é um direito fundamental do ser humano. Não é apenas um privilégio médico para os que estão muito doentes. Se temos o presente precioso da vida, devemos ter a possibilidade de devolver esse presente no momento que escolhermos".
A controversa criação consta de uma cápsula em que o paciente entra e se deita. Depois de o compartimento estar fechado resta-lhe carregar num botão que aciona um mecanismo que enche o compartimento de nitrogénio. O paciente fica inconsciente em um minuto e morre ao fim de cinco, garantem os inventores. O invento inclui um compartimento destacável que pode servir como caixão.
O projeto foi criado com uma impressora 3D e os seus inventores planeiam em tornar o projeto público, para que todos possa fabricar o 'Sarco' - acrónimo de sarcófago - em casa.
Questionado sobre as dúvidas éticas que o invento levanta, Nitschke responde com pragmatismo: "Em muitos países, o suicídio não é contrário à lei, só é punida a assistência a alguém para cometer suicídio. Esta é uma situação em que uma pessoa escolhe carregar num botão, em vez de, por exemplo, se pôr à frente de um comboio", diz o inventor ao jornal The Guardian
O militante pela causa da eutanásia tem ideias fortes sobre o suicídio: "Acredito que é um direito fundamental do ser humano. Não é apenas um privilégio médico para os que estão muito doentes. Se temos o presente precioso da vida, devemos ter a possibilidade de devolver esse presente no momento que escolhermos".
Os inventores planeiam começar a produzir a máquina em série até ao final de 2018.
Como seria de esperar, a invenção está a criar controvérsia. Críticos dizem que se trata de uma promoção imoral do suicídio.
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