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Adeptos do Benfica agredidos por Super Dragões

Autocarros com 103 adeptos do Benfica foram atacados na A1.

04 de abril de 2017 às 01:30

Quem vai para um jogo de futebol com capuzes, soqueiras, bastões, extintores e outras armas, não vai para assistir a um espetáculo, vai para a guerra", desabafa Fernando Albuquerque, presidente da Casa do Benfica de Viseu, que em 13 anos a organizar e fazer viagens para ver futebol, nunca viveu momentos de "grande terror e pânico" como aqueles que aconteceram na madrugada de domingo na A1.

Nos veículos seguiam 103 adeptos, dois ficaram feridos.

Os dois autocarros fretados pelos adeptos do Benfica de Viseu para irem a Lisboa ver o jogo entre os dois primeiros classificados do campeonato português estavam parados na estação de serviço de Pombal, na A1, quando foram atacados por um grupo numeroso de indivíduos que, garantem, tinham adereços ligados à claque do FC Porto, os Super Dragões.

"Não temos dúvidas, eram da claque organizada Super Dragões. Vieram na nossa direção com bastões, soqueiras, extintores. Só tivemos tempo de entrar para os autocarros. Eles partiram os vidros e atiraram petardos e bombas de fumo. Foi o pânico geral porque estavam lá também crianças e mulheres", descreveu ontem ao CM Fernando Albuquerque, lamentando a "impunidade" com que estes indivíduos semeiam o pânico a quem gosta de futebol. O condutor de um dos autocarros não estava no local pelo que foi um outro condutor que tirou o autocarro da estação de serviço e o levou para a A1.

"Foi uma situação muito complicada que podia ter acabado em tragédia", adianta Miguel Pinto, outro adepto vítima do ataque.

Poucos polícias para 124 mil jogos 

Se dividirmos estes jogos (7879 nacional e 116 994 regionais) por 40 semanas temos 3121 jogos. Se cada jogo contasse com três PSP/GNR seriam necessários 9363 elementos. Mas se este valor aumentar para quatro (são necessários 12 484) ou para cinco (15 605) seria preciso que 38 por cento do efetivo da PSP/GNR estivesse dedicado ao futebol e futsal.

É que a GNR tem cerca de 26 mil efetivos, mas um terço têm funções administrativas. Ou seja, disponíveis só há 16 783. Na PSP o contingente é mais pequeno.

Tem 22 mil efetivos, um terço em funções administrativas, pelo que restam 14 873. No total são 31 656.

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