Luís Tomé
Professor Catedrático de Relações InternacionaisA atribuição do Prémio Nobel da Paz 2025 cria dilemas acrescidos ao regime de Maduro e à Administração Trump. O Comité Nobel norueguês justificou a atribuição do Prémio a María Corina Machado “pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano”, acrescentando que “a Venezuela evoluiu de um país relativamente democrático e próspero para um Estado brutal e autoritário”. Ainda assim, Maduro tem a expectativa de que a exaltação pelo Comité Nobel da luta de Corina Machado “para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia” iniba todos os que ponderem uma via violenta para derrubar o seu regime. Nestes inclui-se o Presidente Trump que, ambicionando ganhar um Nobel da Paz, pode recuar nas opções militares contra o “regime narcotraficante” de Maduro e apoiar decisivamente a oposição pacífica venezuelana. Mas, ao invés, Trump pode sentir-se legitimado internacionalmente e intensificar as ações militares sob o argumento de combater o autoritarismo de Maduro e promover a democracia na Venezuela. A seu tempo veremos quais os efeitos deste Nobel da Paz conferido a María Corina Machado.
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