Deus confiou-me a difícil mas honrosa missão de transformar Portugal”, escreveu André Ventura, algures no tempo, na rede social X. Mas ainda não foi desta que o desígnio divino se concretizou, no que toca ao Portugal autárquico, apesar de o ato eleitoral coincidir com a última peregrinação aniversária do ano ao Santuário de Fátima, que assinala os 108 anos do ‘milagre do sol’, fundamental para credibilizar as Aparições na Cova da Iria. Subiu exponencialmente na representação autárquica, até conquistou câmaras, mas não houve milagre. O Chega é um dos perdedores da noite eleitoral, ficando a anos-luz da fasquia dos 22,76% alcançada nas legislativas de maio. Foi ultrapassado pelo PS e viu o PSD distanciar-se. Haverá vários motivos que explicam o ‘apagão’ de ontem, mas todos convergem para o mesmo sentido: o Chega continua a ser Ventura. Há algumas figuras (poucas) do partido que estão a emergir - Rita Matias, Pedro Frazão, Rui Paulo Sousa, Bruno Nunes -, mas o motor que põe o Chega a andar é o líder, foi nele que votou perto de um milhão e meio de portugueses nas eleições para o Parlamento. O resultado da sondagem para as presidenciais, que hoje publicamos, é sintomático desta realidade. O revés de ontem ressuscitou o fantasma: em autárquicas ou legislativas, o Chega depende em exclusivo de Ventura. E não há volta a dar.
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