Polícias atacados à pedrada e com garrafas obrigados a pedir reforços.
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Quando a patrulha da PSP, constituída por quatro polícias, chegou ao bairro Casal de São José, em Mem Martins, Sintra, estavam entre 40 a 50 jovens na rua. Eram cinco da manhã da madrugada de domingo. A queixa apresentada por um morador dava conta de barulho em excesso na sequência de uma festa de aniversário.
“Vão morrer todos, cambada de bófias”, disse agressor de 19 anos
Os agentes foram recebidos à pedrada e com garrafas de vidro, o que levou a patrulha a ter de chamar reforços – nomeadamente uma Equipa de Intervenção Rápida. Perante o avanço da multidão, um dos agentes disparou para o ar, o que motivou a fuga do grupo. Apenas um agressor foi identificado e detido, mas, presente ao juiz, ficou em liberdade, sujeito a Termo de Identidade e Residência.
Ao que o CM apurou, o agressor de 19 anos tem sete processos pendentes - três deles precisamente por ofensas à integridade física. Ao longo da detenção, o jovem fez várias ameaças aos polícias. "Vão morrer todos, cambada de bófias de m..." e "vão arrepender-se", foram algumas. Apesar do trabalho difícil e do arremesso de pedras e de garrafas, nenhum dos polícias precisou de receber tratamento médico.
Entretanto, ontem, o diretor nacional da PSP, superintendente-chefe Luís Farinha, enviou um email para todo o efetivo, com cerca de 22 mil polícias, onde comenta as agressões aos agentes e promete mais meios: "A direção nacional está a procurar a obtenção dos meios e a adoção dos procedimentos operacionais de autoproteção mais adequados, para reduzir os riscos no desempenho da sua missão".
"Há um sentimento de impunidade. Nem na Bósnia vivi isto" "Infelizmente, há um grande sentimento de impunidade. Sou polícia há 28 anos, já passei por missões na Bósnia e no Kosovo e não fui atacado assim".
As palavras são do chefe Carlos Meireles, da esquadra da PSP do Montijo, que foi agredido na tarde de sábado quando socorria uma mulher que estava a ser maltratada pelo filho.
Segundo o CM apurou, a vítima recusou dar cinco euros ao agressor para comprar droga. O agente está de baixa.
"Agressões gratuitas e sem justificação" O superintendente-chefe Luís Farinha, diretor nacional da PSP mandou um email ao efetivo. "Manifesto a todos os polícias a minha solidariedade e apoio.
Ao longo dos últimos meses, registaram-se várias situações de agressão a polícias, agressões gratuitas e sem contexto justificativo, algumas divulgadas nos órgãos de comunicação social", começa por dizer o diretor nacional Luís Farinha.
PORMENORES
Ministro
Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, lamentou todas as agressões às forças de segurança. "Queremos uma polícia mais bem preparada. A formação é essencial", considerou o ministro.
"Trafico em casa"
O agressor estuda na escola Secundária de Mem Martins. No Facebook, o jovem diz que "trafica em casa". Apresentou-se a tribunal na segunda-feira e ficou sujeito a termo de identidade e residência.
380 agressões
Mais de 380 agentes da PSP foram agredidos desde o início do ano. As associações sindicais queixam-se que os juízes não valorizam este tipo de crime e não aplicam prisão preventiva a agressores.
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