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Comunidades alertam para seniores em risco

O objectivo é identificar situações de carência, isolamento social e solidão não desejada da população com mais de 65 anos da cidade de Lisboa.

24 de outubro de 2019 às 09:10

Chegou ao fim a segunda fase do Projeto Radar da Santa Casa da Misericórdia. O trabalho foi desenvolvido em nove freguesias, tendo sido contactadas mais onze mil habitantes daquela faixa etária. A iniciativa da Santa Casa conta com a cooperação com outras entidades – Câmara de Lisboa, PSP, Segurança Social – mas os alicerces assentam na capacidade de mobilização e participação da própria comunidade, nas suas relações de vizinhança e proximidade, que permitiu criar uma rede que monitoriza e alerta perante situações de potencial risco. Uma rede que envolve mercearias, padarias, vizinhos e muitos voluntários moradores nas várias freguesias da capital, que identificou, sinalizou e registou as necessidades de cada um dos lisboetas daquela faixa etária para, em conjunto com as instituições, mais facilmente encontrar a resposta adequada aos desafios que enfrentam no dia a dia. 

Sérgio Cintra, administrador da acção social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, traça um balanço "muito positivo" desta segunda fase do projecto. "À semelhança da primeira, resultou num recenseamento que vai ao encontro de alguns dados que já tínhamos anteriormente, da fase de planeamento do próprio projeto, e que de certa forma impressionaram-nos pela positiva: 92% da população com 65 anos ou mais da cidade de Lisboa não identificou quaisquer dificuldades na manutenção e satisfação das suas necessidades mais básicas, desde questões ligadas com a higiene da casa, ao acesso a cuidados de saúde ou a questões mais relacionadas com o isolamento social. E ficámos muito satisfeitos com este resultado porque, acima de tudo, isto significa que as relações familiares e de proximidade estão a funcionar", congratulou-se.   

Os casos detetados que mereceram uma rápida intervenção das instituições estavam, sobretudo, relacionados com o isolamento social. "Esse tipo de situações foi apaziguado com a aproximação à família e à rede de proximidade. Mas foram também identificadas situações que mereceram uma intervenção imediata por parte das instituições qualificadas, nomeadamente os relacionados com dificuldades económicas ou em que as pessoas demonstraram dificuldade para fazer face à higiene da habitação. Alguns destes casos já eram conhecidos, mas não havia real noção da sua gravidade. Essa constatação só foi possível pela participação desta rede de radares e envolvimento de diferente tipo de organizações.

As dificuldades sentidas pela população em causa (manter a limpeza do domicílio, cuidados de saúde, carências económicas) não é uniforme, havendo diferenças sensíveis de freguesia para freguesia.

"Na freguesia de Marvila, por exemplo, nota-se uma população com maior fragilidade económica, enquanto no Parque das Nações verificamos um número significativo de pessoas que não tem médico de família - o que tem a ver com o facto de terem maior disponibilidade económica e mais acesso a cuidados de saúde privados".

No entanto, nem tudo pode ser visto do ponto de vista meramente financeiro. "Existem muitas pessoas a sofrer de isolamento social que, precisamente por terem condições económicas confortáveis, acham que a Santa Casa não é para elas. A própria comunidade esquece-se um pouco destas pessoas. Há em todos os lados e freguesias, o ‘senhor doutor’, o ‘senhor que era da Marinha’ e que deixou de ser visto há muito tempo, mas que às vezes lida igualmente com profundas dificuldades no seu dia-a-dia", alerta o administrador da Santa Casa. 

O Projeto Radar foi concebido a pensar na população sénior das freguesias de Lisboa que vive sozinha. Há equipas especializadas de técnicos da Santa Casa que, em contacto porta a porta, contactam com os cidadãos mais vulneráveis, conhecendo as suas necessidades e propondo-lhe todo o apoio e ajuda. Para obter mais informações, pode contactar a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa através de correio eletrónico (projetoradar@scml.pt) ou por telefone 213 263 000.

A gripe é uma doença contagiosa que, maioritariamente, cura espontaneamente. Mas podem ocorrer complicações, sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com 65 ou mais anos de idade, alerta a Direção-Geral de Saúde.

Até ao fim do ano

A vacinação contra a gripe é a principal medida de prevenção contra a gripe e tem como objetivo proteger as pessoas mais vulneráveis, prevenindo a doença e as suas complicações. Começou no dia 14 deste mês e deve ser feita até ao fim do ano.

Recomendação

A vacinação contra a gripe é recomendada a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; doentes crónicos e imunodeprimidos (a partir dos 6 meses de idade); grávidas; profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (exemplo, lares de idosos). Aconselha-se também a vacinação às pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos.

Grátis

A vacina está disponível, gratuitamente, nos centros de saúde para alguns grupos de risco. É o caso das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos.

Comparticipação

As pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita podem adquirir a vacina nas farmácias, sob prescrição médica, beneficiando de comparticipação do Estado de 37%.

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