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Uma orquestra que dá muito mais que música

Desde 2017, que esta orquestra especial chegou também à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para contribuir para a missão da instituição: apoiar a construção de projetos de vida.

12 de agosto de 2021 às 12:39

A Orquestra Geração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) nasceu em 2017 para tornar a música parte integrante do projeto de vida das crianças e jovens apoiados pela instituição. Desde então, sucederam-se ensaios, concertos e muitos progressos, conforme explicou António Santinha, diretor da Unidade de Apoio à Autonomização da SCML.

- Como começou o projeto Orquestra Geração na SCML?

- O projeto teve início em 2017 e tem sido gerido por protocolos de cooperação com três anos de duração, sendo que nos encontramos no triénio 2020, 2023. Surge através do desafio e da vontade comum da administração da Ação Social da SCML e da Associação de Orquestras Sinfónicas Juvenis Sistema Portugal. O desafio envolveu dentro da Ação Social na SCML as direções da Cultura e a Direção de Infância Juventude e Família. Desde 2017 foram progressivamente criadas as condições que aos poucos vão consolidando este projeto, que assenta numa metodologia muito própria em que os objetivos vão muito para alem do ensino da musica visando sobretudo a integração social de crianças e jovens.

- É uma orquestra com músicos especiais?

- É um projeto muito especial para a SCML pois junta neste momento 45 músicos infantis e juvenis divididos em instrumentos de cordas e de sopros e que são provenientes de vários contextos onde a SCML tem intervenção como as Casas de Acolhimento Residencial as Equipas de Apoio à Família e ainda aberto a filhos de colaboradores SCML e a crianças da comunidade local. A grande mais valia prende-se com a metodologia utilizada no ensino da música e a importância dada aos alunos como as peças fundamentais do mesmo . Todos os recursos são direcionados para que estas crianças possam aprender de forma e adequada. Na metodologia utilizada, o instrumento musical passa a fazer parte da vida da criança desde o primeiro dia. A mediação da aprendizagem é fruto do esforço conjunto entre os professores e alunos, numa relação muito individualizada. Todas as crianças são integradas no grupo independentemente da sua maior ou menor aptidão para a aprendizagem da musica.

- É muito mais que uma escola de música...

Todos os recursos são direcionados para que as crianças aprendam de forma adequada

- Há ligação com outros núcleos da Orquestra Geração?

- O grupo de professores da OGSC é coordenado pelo professor Wagner Diniz e pela professora Helena que garantem a ligação aos restantes núcleos . Anualmente existem estágios da Orquestra Geração Sistema Portugal onde participam os diferentes núcleos, incluído o nosso, o que dá maior sentido de pertença.

- É fácil reunir crianças com idades e horários escolares diferentes para os ensaios?

- Ensaiam duas vezes por semana, sendo a logística um verdadeiro quebra cabeças entre os transportes e os horários escolares das crianças. Temos agregados a este projeto a tempo parcial três técnicos da SCML, um jovem animador e a ajuda dos motoristas que permitem que todas as crianças cheguem ao locais de ensaio . Estes elementos em conjunto com os professores da Orquestra e as famílias são essenciais para o resultado do projeto pois fazem dos problemas encontrados oportunidades de relação e de integração das crianças e jovens.

- Pararam na pandemia? Foi difícil para miúdos e graúdos?

- A Orquestra não parou durante a pandemia e acompanhou as medidas destinadas ao sistema escolar, oscilando entre o regime presencial e o regime on-line com um reforço dos meios tecnológicos. Houve processos de adaptação ao contexto e a resposta das crianças e dos professores foi muito positiva e persistente pelo que o projeto se manteve sempre em funcionamento e com uma ligação muito forte entre os diferentes elementos. O contexto pandémico trouxe a todos uma aprendizagem. Foi possível perceber os danos que o confinamento pode causar nestas idades e a alegria que estas crianças e jovens sentem ao estar juntos, pelo que, de futuro a salvaguarda dos regimes presenciais e de continuidade desde tipo de projetos deve ser sublinhada.

"Dias de concerto são sempre muito especiais"

A preparação para os espetáculos envolve intensamente os integrantes

A Orquestra Geração da SCML é composta por 45 crianças dos 6 aos 17 anos. Tocam cordas (Violinos, Violoncelos, Violas de Arco, Contrabaixo) e sopros (Trompete, Trompa, Trombone, Flauta, Tuba, Eufónio, Clarinete, Oboé, Saxofone). Desde 2017, já deram vários concertos. "Os dias das atuações são muito especiais, por serem feitos de pormenores que vão desde a preparação ao aquecimento, passando pela indumentária utilizada. São variáveis que apesar de treinadas nos ensaios assumem outra importância no dia do concerto e trazem algum nervosismo que passa quando a atuação tem início", afirma António Santinha. Os pequenos artistas sabem lidar com o ‘medo’ do palco. "Diria que têm uma forma muito particular de lidar com o palco que passa pela confiança e segurança que tem nos seus professores e pela forma como interpretam a ‘personagem do músico’ nesse dia. Reforço aqui a importância dos professores e dos técnicos da SCML que juntamente com as crianças e as suas famílias tem feito este projeto assumir cada vez mais um protagonismo especial", explica.

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