Feist recupera grande êxito no Casino Estoril

Henrique Feist é um grande apaixonado pelo período áureo do teatro e do cinema musicados em Portugal. E quando concebeu o espetáculo ‘Esta Vida é uma Cantiga’ foi a pensar naquelas canções de que ninguém se esquece mas a que as novas gerações já não têm acesso. "Deixa-me triste que os meus sobrinhos ouçam ‘A Minha Casinha’, pelos Xutos, mas que não saibam que o tema é da Milú...", confessa o ator e encenador que acaba de reinventar o seu próprio espetáculo e está a apresentá-lo, com novo elenco, no palco do Casino Estoril.

Desta feita ao lado de Susana Félix, Marta Alves e Valter Mira o musical ganhou mais teatralidade e está novamente a esgotar lotações. "Acho que este espetáculo pode voltar à cena indefinidamente, porque tem a capacidade de agradar a muita gente. No fundo, joga com as nossas memórias e com a nossa afetividade", diz ele, admitindo que o desaparecimento recente da cantora e atriz Mariema e do ator e encenador Octávio de Matos lhe deu muito em que pensar.

"A partida deles afetou-me profundamente. Neste momento, quem é que temos, ainda, dos tempos gloriosos do teatro musicado nacional? Temos a Simone de Oliveira, a Anita Guerreiro e o António Calvário... É preciso não deixar morrer as nossas grandes canções."

‘Esta vida é uma cantiga’ estará em cena até 26 de maio, mas nada nem ninguém garante que não pode voltar. Para já, é para ver de quinta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 17h00. Bilhetes a 10 euros.