Hospital Amadora-Sintra volta à normalidade após pico de espera nas urgências

Ao todo, esta manhã, estavam 10 doentes em espera, quatro deles considerados urgentes.

03 de outubro de 2025 às 10:46
Hospital Amadora-Sintra Foto: Direitos Reservados
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Os tempos de espera na urgência geral do Hospital Amadora-Sintra voltaram esta sexta-feira à normalidade, depois de um pico de afluência nos últimos dias que levou a longas horas de espera, particularmente para casos urgentes e pouco urgentes.

Os dados consultados pela agência Lusa no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indicam que às 09h00 desta sexta-feira não havia tempo de espera para os doentes com pulseira amarela (urgentes).

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Já os doentes com pulseira verde (pouco urgentes) têm um tempo médio de espera 1 hora e 46 minutos. Ao todo, estavam 10 doentes em espera, quatro deles considerados urgentes.

O Hospital Amadora-Sintra reconhece que a pressão sobre as urgências tem sido agravada pela elevada procura, uma vez que serve uma população de cerca de 600 mil utentes, um terço dos quais sem médico de família.

Além disso, o hospital tem mais de 20% dos internamentos na unidade considerados internamentos sociais --- casos de doentes com alta clínica que permanecem internados por falta de retaguarda social - dificultando o acolhimento de novos doentes da urgência, disse uma fonte hospitalar oficial à Lusa.

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Para mitigar a sobrecarga e melhorar a resposta, o hospital pretende implementar até ao final do ano um Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) da Urgência, com equipas dedicadas, à semelhança do modelo já aplicado em outras unidades como o Hospital de São José.

No início do ano, o Hospital Fernando Fonseca integrou o projeto nacional "Ligue Antes, Salve Vidas", que incentiva os utentes a contactar primeiro a Linha SNS 24 antes de recorrerem à urgência.

A medida visa reduzir o número de atendimentos não urgentes que, na altura, representavam cerca de 55% dos episódios.

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A administração sublinha que continuam a ser feitos esforços para reorganizar os fluxos de atendimento e reforçar a capacidade de resposta, nomeadamente com a criação, no terreno do hospital, de uma unidade com 70 camas destinadas a internamentos sociais, libertando assim espaço para os doentes que realmente necessitam de cuidados hospitalares urgentes.

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