A edição de hoje
Menina está hospitalizada no Hospital Municipalizado Adão Pereira, em Saracuruna, na vizinha cidade de Duque de Caxias, já fora do risco de morte.
Uma bebé de um ano e sete meses de vida, Lumiar Sofia, foi baleada na cabeça por supostos traficantes de droga quando o pai dela entrou de carro numa favela onde moram familiares, em Japeri, cidade vizinha ao Rio de Janeiro, na terça-feira. Esta quinta-feira, a bebé continuava hospitalizada no Hospital Municipalizado Adão Pereira, em Saracuruna, na vizinha cidade de Duque de Caxias, já fora de risco de vida.
A família regressava de uma pizzaria em Queimados, onde tinha ido comemorar o aniversário de um amigo, e o pai da menina entrou na favela São Jorge, em Japeri, para deixar a enteada na casa da avó. Ele adotou os procedimentos de segurança exigidos pelos traficantes que dominam a área, reduziu os faróis do veículo para os mínimos, ligou os piscas-piscas alertas e baixou os vidros do automóvel, para mostrar todo o interior, onde, além dele e da bebé, estavam a mulher e a enteada.
Mesmo assim, um outro carro aproximou-se e de dentro dele foram efetuados vários disparos contra a família, um dos quais atingiu a cabeça de Lumiar. Populares que estavam por perto avisaram os criminosos que as pessoas que estavam no carro tinham familiares na favela, e os atiradores pararam de atirar e desapareceram.
Levada inicialmente para a Policlínica de Japeri, Lumiar Sofia foi em seguida transferida para o hospital de Duque de Caxias, dada a necessidade de uma cirurgia craniana. No hospital, os médicos constataram que o projétil tinha provocado lesões e se incrustado na parte óssea, mas não tinha penetrado o crânio o que poderia ter sido fatal para a menina.
Ataques como este são frequentes em favelas do estado do Rio de Janeiro, e já provocaram muitas mortes de pessoas que entram nesses locais por engano ou que os criminosos não conhecem. Quando um veículo desconhecido entra numa dessas áreas dominadas pelos traficantes, simplesmente é crivado de balas, mesmo que não tenha havido qualquer provocação ou ameaça por parte dos seus ocupantes, e táxis, carrinhas e outros meios de transporte e camiões de entrega só podem trafegar nesses bairros com autorização dos criminosos.
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