Protestos na Roménia contra decreto que despenaliza corrupção

Milhares de pessoas saíram às ruas da capital Bucareste.

01 de fevereiro de 2017 às 23:10
Protestos nas ruas de Bucareste Foto: Reuters
Protestos nas ruas de Bucareste Foto: Reuters
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Protestos nas ruas de Bucareste Foto: Reuters
Protestos nas ruas de Bucareste Foto: EPA
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Protestos nas ruas de Bucareste Foto: EPA
Protestos nas ruas de Bucareste Foto: EPA
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Cerca de 150 000 pessoas, segundo a televisão pública romena, pediram esta quarta-feira, em Bucareste, a demissão do Governo social-democrata da Roménia, depois de ter aprovado na terça-feira um decreto que despenaliza alguns casos de corrupção.

"Retirada do decreto e demissão" e "ladrões" foram algumas das frases e expressões gritadas em uníssono por milhares de pessoas em frente à sede do Governo, enquanto outros manifestantes erguem cartazes nos quais se lia "traidor".

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Segundo a imprensa romena, outras milhares de pessoas manifestaram-se em várias cidades do país.

"Não creio que na Europa exista algo parecido com isto. Não paramos até o Governo revogar [o decreto]", disse Florin Toma, um dos manifestantes.

Durante a manifestação, algumas pessoas agrediram a polícia, que respondeu com canhões de água.

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Os protestos tiveram início na terça-feira à noite, depois de o Governo aprovar um decreto-lei de emergência para despenalizar casos de corrupção que causem danos ao Estado até 44.000 euros.

Para aqueles casos, o decreto-lei prevê uma série de procedimentos administrativos e civis para recuperar o dinheiro e castigar os responsáveis.

O decreto-lei recebeu fortes críticas dentro e fora do país e provocou os maiores protestos na Roménia desde a queda do comunismo, em 1989.

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A oposição de centro-direita anunciou hoje uma moção de censura, o principal órgão judicial está a preparar um recurso contra a medida e o Presidente romeno, Klaus Iohannis, pediu a intervenção do Tribunal Constitucional.

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