Cunhado do rei de Espanha realizou um desfalque no âmbito do caso Nóos.
O ministério público voltou esta sexta-feira a pedir uma pena de prisão de 19 anos e meio para o cunhado do rei de Espanha, Inaki Urdangarin, que, alegadamente, realizou um desfalque no âmbito do caso Nóos, em que a mulher, a princesa Sofia, também é acusada de evasão fiscal.
A princesa e o seu marido estão entre 17 suspeitos que começaram a ser julgados em janeiro último num caso que envolve negócios feitos pelo Instituto Nóos, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Palma de Maiorca, que Inaki Urdangarin fundou e presidiu entre 2004 e 2006.
Urdangarin é acusado de ter utilizado as suas ligações à família real para ganhar concursos públicos para organizar, entre outros, eventos desportivos, tendo em seguida desviado fundos para a Aizoon, uma empresa que ele geria em conjunto com a princesa Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso.
O procurador anticorrupção espanhol Pedro Horrach pediu para Inaki Urdangarin, que esteve acompanhado pela sua esposa no tribunal em Palma, na ilha mediterrânica de Maiorca, uma pena de prisão de 19 anos e meio e uma multa de 980.000 euros.
Pedro Horrach também pediu uma pena de prisão de 16,5 anos para o sócio de Urdangarin, Diego Torres, que também é acusado de peculato.
Desde o início do caso, a acusação recusou a apresentação de uma queixa contra a princesa Cristina, que juntamente com o marido também se suspeita que tenha utilizado a Aizoon para realizar despesas pessoais, incluindo obras numa mansão em Barcelona, o que permitiu reduzir lucros tributáveis da empresa.
Entretanto, uma organização chamada "Mãos Limpas", levou a tribunal o caso da alegada evasão fiscal da princesa Cristina, visto que a lei espanhola permite que grupos privados possam iniciar este tipo de processos penais.
O advogado deste grupo privado pediu hoje uma pena de prisão para a irmã do rei Filipe VI, mas esta negou ter conhecimento das atividades do marido.
A imagem da "Mãos Limpas" foi manchada logo no início do julgamento, quando o chefe da organização foi detido por tentativa de extorsão, ao pedir aos advogados da princesa Cristina dinheiro em troca de deixar cair as acusações.
Este caso de corrupção que envolve a irmã do rei tem sido seguido com grande interesse em Espanha, tendo manchado a reputação da monarquia e contribuído para a abdicação do rei Juan Carlos, em junho de 2014, a favor do filho.
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