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Carrilho revela segredos íntimos de Bárbara

Carrilho fala em tribunal e acusa ex-mulher de inventar agressões.

07 de fevereiro de 2017 às 01:36

Manuel Maria Carrilho decidiu ontem usar do seu direito enquanto arguido e testemunhar no processo de que é acusado de violência doméstica. Durante mais de seis horas, o ex-ministro da Cultura, de 65 anos, relatou os últimos tempos do casamento com Bárbara Guimarães, de 43, marcados pelo "alcoolismo crescente" da apresentadora, que pediu para sair e não ouviu o testemunho do ex-marido.

Na audiência, Carrilho clamou inocência num caso que classificou de "bomba atómica", acusando Bárbara de montar uma "estratégia friamente calculada". "Nunca lhe toquei. Amparei-a muitas vezes quando ela não se segurava nas pernas", disse, enumerando três factos que terão motivado a ex-mulher a dizer que era agredida. Os problemas com o alcoolismo, o seu afastamento da política e o desejo de lhe "tirar tudo".

"Eu só bebia por amor à Bárbara e para diminuir a dose dela, porque ela bebia uma garrafa inteira", referiu, relatando que, muitas vezes, Bárbara acabava por se exceder em público.

"Num jantar onde estava um número dois da política, ela começa a falar muito alto. Ao sairmos, empurra-me, mete-me a mão na braguilha e diz: ‘vamos para um hotel’", recorda.

Frisando que "não foram apresentadas provas" contra si, Carrilho diz que sempre conheceu a ex-mulher com nódoas negras. "Fiz tudo o que era humanamente possível para salvá-la", adiantou, acrescentando: "Fui alvejado pelas costas. A Bárbara quis deitar a mão a tudo. Eu fiquei sem nada: casa, filhos, mulher e os meus livros."

O ex-ministro disse ainda que os filhos foram as grandes vítimas deste drama. "Ela colocou-os numa situação insustentável, obrigou-os a escolher. Não sei se eles alguma vez lhe perdoarão isto."

Conflito com a mãe

A relação entre Bárbara Guimarães e a mãe, Isabel Amorim, sempre foi de conflito, descreveu Manuel Maria Carrilho em tribunal. "A Bárbara dava-se pouco e mal com a mãe, pois dizia que, um dia, esta desapareceu de casa, deixando-a sozinha a viver com o pai", disse Carrilho, frisando que, certo dia, a sogra telefonou-lhe para o alertar de que a apresentadora bebia demais. "Ela contou-me que a Bárbara tinha ido a um funeral com o pai e que teve de ser uma amiga a trazer o carro porque eles enfrascaram-se. Era preciso fazer alguma coisa e a mãe perguntou o quê", recordou o ex-ministro.

"Ficava com o pai a beber"

Carrilho descreve que era na companhia do pai, João Antero, que muitas vezes Bárbara cedia ao vício do álcool. "Ficava até às quatro da manhã a beber com o pai", recordou ontem no seu depoimento.

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