"Não contamos com um discurso que deixe envergonhados os eleitores", disse Maria do Rosário Gonçalves.
A presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) cabo-verdiana, Maria do Rosário Gonçalves, pediu esta quarta-feira um discurso de elevação e centralizado no que é essencial aos sete candidatos a Presidente da República, nas eleições de 17 de outubro.
"Não contamos com um discurso que vexe ou que deixe envergonhado os eleitores cabo-verdianos. Contamos com um discurso de elevação, com propostas claras e objetivas, para potencializar o voto consciente", apelou.
A presidente da CNE falava durante o ato de entrega do 'fac símile' dos boletins de voto às candidaturas às eleições presidenciais, tendo marcado presença representantes dos candidatos Carlos Veiga, José Maria Neves, Gilson Alves e Fernando Delgado, enquanto os ausentes de Hélio Sanches, Joaquim Monteiro e Casimiro de Pina vão receber posteriormente.
Durante a campanha eleitoral, que arranca a 30 de setembro, a presidente da CNE pediu ainda aos candidatos um discurso centralizado naquilo que é essencial e no cidadão e que valorize os eleitores.
Questionado se se trata de um pedido de circunstância ou se já sente o discurso da pré-campanha a ressalvar para o que não é essencial, Maria do Rosário Gonçalves frisou que é circunstancial sim, mas baseado em experiências anteriores.
"Sabemos que, durante a campanha eleitoral, normalmente o tomo costuma elevar um bocadinho, o que é normal numa disputa eleitoral. Como órgão máximo de administração eleitoral e com poder de fiscalizar todos os atos eleitorais, e que tem o objetivo principal de garantir informação aos eleitores de forma clara e concisa, nós aproveitamos este momento para reiterar este nosso ensejo aos candidatos", respondeu.
A presidente da CNE apelou igualmente aos candidatos à serenidade e a um discurso centrado nas propostas e nas ideias. "Que sejam discursos elucidativos para os eleitores que serão chamados a votar no dia 17".
Relativamente ao processo eleitoral, disse que decorre dentro da normalidade, sem sobressaltos, e que todos os prazos do calendário e do Código Eleitoral estão a ser cumpridos.
O fac símile é uma reprodução exata dos boletins de voto, com sinais distintivos, que podem ser utilizados pelas candidaturas durante a campanha eleitoral, com vista a informar e persuadir os eleitores a votar válido nas respetivas candidaturas.
Cabo Verde realiza as suas sétimas eleições presidenciais em 17 de outubro de 2021, às quais já não concorre Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo e último mandato como Presidente da República.
O Tribunal Constitucional anunciou em 24 de agosto que admitiu as candidaturas a estas eleições de José Maria Neves, Carlos Veiga, Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, Hélio Sanches, Joaquim Jaime Monteiro e Casimiro de Pina.
Esta é a primeira vez que Cabo Verde regista sete candidatos oficiais a Presidente da República em eleições diretas, depois de até agora o máximo ter sido quatro, em 2001 e 2011.
A campanha eleitoral decorre entre as 00h00 de 30 de setembro e as 23h59 de 15 de outubro e em caso de uma segunda volta, vai acontecer em 31 do mesmo mês.
De acordo com a Constituição de Cabo Verde, o Presidente da República é eleito por sufrágio universal e direto pelos cidadãos eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro.
Só pode ser eleito Presidente da República o cidadão "cabo-verdiano de origem, que não possua outra nacionalidade", maior de 35 anos à data da candidatura e que, nos três anos "imediatamente anteriores àquela data tenha tido residência permanente no território nacional".
Cabo Verde já teve quatro Presidentes da República desde a independência de Portugal em 1975, sendo o primeiro o já falecido Aristides Pereira (1975 - 1991) e por eleição indireta, seguido do também já falecido António Mascarenhas Monteiro (1991 -- 2001), o primeiro por eleição direta, em 2001 foi eleito Pedro Pires e 10 anos depois Jorge Carlos Fonseca.
As últimas presidenciais em Cabo Verde, que reconduziram o constitucionalista Jorge Carlos Fonseca como Presidente da República, realizaram-se em 02 de outubro de 2016 (eleição à primeira volta, com 74% dos votos).
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