A edição de hoje
Homem apanhado duas vezes pela PSP e GNR em menos de duas semanas. Agrediu a mulher, os filhos, a cunhada, dois populares e os militares da GNR.
Um homem de 34 anos foi detido pela PSP no último fim de semana de agosto e pela GNR no passado dia 12 de setembro, por violência doméstica, agressões e resistência aos militares que o detiveram, depois de se ter barricado no sótão de casa, em Cascais. Na origem do caso está o consumo excessivo de álcool.
De acordo com o Ministério Público (MP), agressor e vítima "namoram desde junho de 2025, em coabitação", juntamente com as duas filhas da mulher, "fruto de um relacionamento anterior". Logo nesse mês, o homem, "consumidor habitual de bebidas alcoólicas", "desferiu duas bofetadas na face da vítima, fazendo com que esta caísse ao chão". Noutra ocasião, no final de agosto, nas Festas do Mar em Cascais, "o arguido, que se encontrava acompanhado pela vítima, pelas filhas desta, e pela irmã daquela, começou a ser agressivo e a insultar a ofendida, por esta lhe ter dito que ele estava alcoolizado e continuava a beber em excesso".
Na altura, a cunhada interveio, mas foi atingida por "uma cotovelada na boca, começando a sangrar". Dois homens que tentaram ajudar foram afastados com violência, tendo o homem continuado a agredir a namorada até que esta caiu ao chão, enquanto continuava a bater-lhe. O MP explica que "as agressões só cessaram na sequência da intervenção de agentes da PSP, que conduziram o arguido à esquadra".
Em sequência, a mulher e as filhas fugiram de casa, mas regressaram dias depois à residência.
Já na passada quinta-feira, dia 11 de setembro, o agressor, "bastante alcoolizado, iniciou uma discussão e começou a insultar e a agredir violentamente a ofendida". "Quando esta tentou fugir de casa com uma das filhas ao colo, o arguido agarrou-a pelos cabelos, tendo aquela caído desamparada e a menor ficado por baixo do corpo da mãe", adianta o MP.
Valeu uma vizinha que se apercebeu do cenário de violência e alertou a GNR. Mas quando a patrulha chegou à habitação, o suspeito fugiu para o sótão, onde se barricou. Manteve sempre a agressividade e quando era retirado "desferiu um murro num dos militares".
Foi então novamente detido e, desta vez, ficou em prisão preventiva por determinação do tribunal de Cascais. Está indiciado por quatro crimes de violência doméstica qualificados, um crime de resistência e coação sobre funcionário, um crime de ofensa à integridade física qualificada e dois crimes de ofensas à integridade física qualificadas, na forma tentada.
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