Organização agendou para 11 de julho uma nova manifestação, em frente à Assembleia da República.
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Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado em Lisboa por um cessar-fogo na Faixa de Gaza e pelo reconhecimento por Portugal do Estado da Palestina, sem esperanças no encontro de segunda-feira entre Donald Trump e Benjamin Netanyahu.
O Presidente do Estados Unidos, Donald Trump, vai receber na Casa Branca o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na segunda-feira, num encontro em que deverão debater o conflito em Gaza.
"Infelizmente não tenho esperanças [nesse encontro]. Não sei como é que isto irá terminar, mas tem de terminar e penso que tem de ser o povo a movimentar-se como tem feito pelo mundo inteiro", disse à Lusa Maria do Ceú Guitart, de 66 anos, presidente da associação "Meninos de Oiro" e uma das participantes na marcha "Paz no Médio Oriente! Fim ao Genocídio!" que decorreu entre o Largo Camões e a Ribeira das Naus, no centro de Lisboa.
Para Bruna Drummond, outra dos manifestantes, os Estados Unidos "são cúmplices" do que está a acontecer na Palestina e encontros como o que irá acontecer são ações de ambos os países "para fingir" que buscam a paz.
"O que eu espero é que outros países, incluindo a União Europeia, peçam um cessar-fogo, peçam um embargo de armas e que façam acontecer a lei internacional", sublinhou, de bandeira da Palestina na mão, a mulher de 33 anos.
O ceticismo quanto ao encontro entre Donald Trump e Benjamin Netanyahu é partilhado pela organização da manifestação, uma iniciativa do Conselho Português para a Paz e a para a Cooperação, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN), do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente e a associação Projecto Ruído.
"A expectativa é só de aumentar a violência. Nós sabemos qual é a posição dos Estados Unidos, que têm dado todo o respaldo a Israel para fazer aquilo que está a fazer neste momento", afirmou, em declarações à Lusa, João Coelho, membro da comissão executiva da CGTP-IN.
Na manifestação, constatou a Lusa no local, participaram entre 400 e 500 pessoas de todas as idades, incluindo famílias com bebés de colo e adolescentes que juntaram ao protesto pela primeira vez, como João, de 14 anos.
"A voz faz-se nas ruas e acho que é uma causa a que toda a gente deveria aderir", afirmou o jovem, ladeado por Bruno, de 15 anos, membro da Juventude Comunista Portuguesa e presença assídua "para apoiar a Palestina" contra "o genocídio" de que o seu povo está a ser alvo por Israel.
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, associou-se igualmente à marcha, aplaudindo os manifestantes e apelando, em declarações aos jornalistas, que "o cenário de tréguas" que tem sido pré-anunciado se concretize.
O dirigente comunista criticou ainda o Governo por não ter já reconhecido o Estado da Palestina.
"O Estado português está num caminho em que não consegue sair da lista cada vez mais curta, que é a lista da vergonha, dos países que não deram esse passo", frisou.
A organização agendou para 11 de julho uma nova manifestação, em frente à Assembleia da República.
O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que fizeram cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 57 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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