O risco de incêndio vai manter-se elevado genericamente em todo o território do continente nos próximos dias, sendo esta quarta-feira máximo em quatro concelhos do distrito de Faro.
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O presidente do PSD afirmou esta quarta-feira que a sua perceção e a das pessoas no terreno é que o Governo "pouco ou nada fez" na prevenção e combate aos incêndios, estando focado em evitar a perda de vidas humanas.
"Poderão vir a conseguir o mais importante, que é não perder vidas, mas é curto, não chega, temos de defender o nosso património", defendeu Rui Rio, questionado pelos jornalistas sobre os incêndios dos últimos dias, no final de uma audiência com o embaixador do Reino Unido em Portugal, Christopher Sainty.
O presidente do PSD começou por considerar "assustador" que, fruto da evolução do clima, se registem tantos incêndios após alguns dias de temperaturas superiores à época.
"A perceção que eu tenho, e que me dizem as pessoas que estão no terreno, é que o Governo pouco ou nada fez no sentido do combate aos incêndios propriamente ditos e na prevenção para que não existam e se estão a focar exclusivamente na defesa da vida das pessoas", apontou, considerando que o executivo não tem como principal objetivo "evitar que arda".
Segundo Rui Rio, para lá de "evitar o pior, que é a perda de vidas", esperava-se mais, salientando que a perda de património não se refere apenas a casas, mas de floresta.
"Devia-se ter, primeiro, um plano para a limpeza de matas e de segurança para que para que não ardam com a facilidade que estamos a ver e ter meios adequados e funcionais ao combate", afirmou, acrescentando que nos últimos dias voltaram a surgir notícias de que "assim não é".
O líder do PSD salientou que se essa perceção estiver correta e se mantiver nos próximos meses "é negativo".
O risco de incêndio vai manter-se elevado genericamente em todo o território do continente nos próximos dias, sendo esta quarta-feira máximo em quatro concelhos do distrito de Faro, disse à Lusa a meteorologista Maria João Frada, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Na terça-feira, o Governo assinou um despacho que determina a declaração de Situação de Alerta entre esta quarta-feira e domingo, com base nas previsões meteorológicas, que apontam para um "significativo agravamento do risco de incêndio florestal".
"Face às previsões meteorológicas para os próximos dias que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio florestal no território do Continente e considerando a decisão da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que determinou a passagem do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais ao Estado de Alerta Especial Amarelo em todos os distritos, os Ministros da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural assinaram esta quarta-feira o Despacho que determina a Declaração da Situação de Alerta", lê-se no comunicado do Governo.
A declaração da Situação de Alerta, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, vai obrigar à adoção de medidas "de caráter excecional", como a "elevação do grau de prontidão e resposta operacional da GNR e PSP", reforçando "meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos de risco e de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas"; proibição de queimadas e queimas; e a dispensa de trabalhadores, quer do setor público, como do privado, que desempenhem funções de bombeiro voluntário.
A Situação de Alerta abrange todos os distritos do continente entre as 00:00 desta quarta-feira e as 23:59 de domingo.
Na terça-feira, registaram-se dois incêndios de grandes proporções, que mobilizaram centenas de meios e obrigaram ao corte de uma autoestrada.
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