A edição de hoje
Crime ocorreu há um ano, na residência de família do casal, em Cabeça Veada, no concelho de Porto de Mós.
O homem que em maio do ano passado matou a mulher, de 49 anos, com uma maceta de ferro, por ela querer terminar o casamento, foi esta quinta-feira condenado pelo Tribunal de Leiria numa pena de 22 anos de prisão. O coletivo de juízes, que deu como provado o crime de homicídio qualificado, condenou ainda o arguido, Amândio Oliveira, de 56 anos, a indemnizar os dois filhos, maiores de idade, em 200 mil euros.
O arguido terá ainda de pagar mais de 74 mil euros, referentes aos cuidados médicos que recebeu nos Hospitais de Leiria e da Universidade de Coimbra, onde foi assistido e esteve internado alguns meses, por apresentar várias cortes profundos no pescoço que fez a si próprio.
A versão dos factos apresentada durante o julgamento pelo arguido - que disse não se lembrar de ter matado a mulher, afirmando que ela é que o atacou e negando ter tentado suicidar-se - "não convenceu o Tribunal, não convence ninguém", disse a juíza presidente do coletivo.
"Realmente, trazer versões dessas perante um Tribunal é fazer de nós todos mentecaptos. O que o senhor disse é impossível. Os seus filhos podiam merecer um pouco mais de consideração", destacou a juíza na leitura do acórdão.
A vítima foi atingida com violência, sobretudo na cabeça, com uma maceta de ferro, mesmo depois de estar caída no chão. O crime ocorreu na residência de família do casal, em Cabeça Veada, no concelho de Porto de Mós. O casal tem dois filhos maiores de idade, a quem já tinham comunicado a intenção de terminarem o casamento, apesar da oposição do alegado homicida.
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