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Homem acusado de burlas de 150 mil euros julgado em Lisboa

Usou a identidade do filho e o número da cédula profissional da ex-mulher, advogada, para cometer vários crimes.

05 de novembro de 2014 às 09:48

O Tribunal Central de Lisboa começa esta quarta-feira a julgar o homem acusado de recorrer à identidade do filho e forjar os seus documentos para cometer burlas superiores a 150 mil euros.

Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, o arguido terá executado, entre 2005 e 2008, um plano que passou pela utilização ilícita de cópias do bilhete de identidade e do cartão de contribuinte do filho, para abrir contas bancárias, solicitar e usar cartões de crédito, celebrar contratos de crédito para empréstimos pessoais ou aquisição de veículos, contratar seguros e registar veículos e vender esses veículos.

O investigador de sinistros, atualmente com 63 anos e que se encontra em liberdade, responde por cinco crimes de burla qualificada, 18 crimes de falsificação de documentos autênticos e 12 crimes de falsificação de documentos particulares. A acusação refere que, depois de em 2006 ter aberto uma conta bancária, o homem terá gasto nos dois anos seguintes mais de 12 mil euros, com um cartão de crédito.

Alegava que filho estava no estrangeiro

Entre outras burlas, o suspeito terá ainda contraído um empréstimo de 25 mil euros junto de uma financeira para comprar um carro e solicitado um crédito pessoal de quase 14 mil euros, numa agência da zona da Expo, em Lisboa.

O MP sublinha que todas as operações e negócios de compra de viaturas de alta cilindrada foram realizadas em nome do próprio filho, tendo o arguido pago apenas as primeiras prestações, lesando os envolvidos em milhares de euros. A acusação refere que, à data dos factos, a ex-companheira do suspeito já não exercia advocacia acrescentando que o arguido utilizou, "sem o conhecimento da ofendida", um carimbo com o seu nome e o número da cédula profissional da antiga advogada.

Para dar maior credibilidade à sua atuação e para conseguir que os formulários lhe fossem entregues, a fim de evitar a assinatura presencial do suposto titular, o homem alegava que o seu filho se encontrava no estrangeiro, além de fornecer sempre a sua própria morada.

O início da sessão está agendado para as 9h30 no Campus da Justiça.

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