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Dominado fogo que destruiu mata nacional em Quiaios, Figueira da Foz

Fogo deixou um rasto de destruição em zona protegida.

16 de outubro de 2017 às 23:53

O incêndio que deflagrou no domingo na freguesia de Quiaios, concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, foi dado como dominado esta segunda-feira à noite, indica a página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

O fogo, que teve início às 14h36 de domingo, está a ser combatido por 111 operacionais apoiados por 33 viaturas, segundo o 'site' da ANPC, consultado pela Lusa cerca das 23h45.

Este incêndio destruiu a maior parte da Mata Nacional das Dunas de Quiaios, afetando a envolvente das lagoas da Vela e Braças.

A mata nacional (que ocupa cerca de seis mil hectares de floresta) entre as povoações de Quiaios, na Figueira da Foz, e da Praia da Tocha, já no concelho de Cantanhede, sofreu danos consideráveis.

Na Lagoa da Vela, as chamas afetaram, inclusivamente, os nenúfares e outras plantas aquáticas das margens, destruindo postes de iluminação ao longo da estrada florestal e equipamentos de apoio dos parques de merendas ali existentes.

O incêndio estendeu-se aos concelhos de Cantanhede e Mira, a norte da Figueira da Foz.

Dezenas de casas foram destruídas na madrugada desta segunda-feira em Mira, bem como cinco empresas na zona industrial.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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