150 pessoas foram obrigadas a abandonar as suas habitações.
A Câmara de Gavião, distrito de Portalegre, decidiu esta noite ativar o Plano de Emergência Municipal, em virtude da reativação do incêndio que afeta o concelho e que lavra perto de várias localidades.
De acordo com o presidente da Câmara, José Pio, o Plano de Emergência Municipal foi acionado cerca das 20:00, uma vez que o incêndio "chegou mesmo às casas" em Belver, "contornou" a vila de Gavião e dirige-se nesta altura em direção às aldeias de Degracia e Atalaia.
"O incêndio está muito violento, tem várias frentes ativas, não está fácil. Neste momento há populações em risco", disse.
"Já chega de terrorismo, isto é uma imagem dantesca, aquilo que nós temos observado nos últimos dias. Há fogo por todo o lado, as pessoas estão desesperadas ao ver arder o trabalho de uma vida, isto não pode continuar assim", acrescentou.
Para José Pio, os incendiários devem ser "punidos exemplarmente", exortando o Governo a "alterar leis" nesse sentido.
"Já não acredito mais em deflagrações espontâneas, isto acontece porque tem que acontecer e os incendiários espalhados de uma forma brutal, isto já me cheira a crime organizado", alertou.
Várias aldeias de Gavião continuam ameaçadas pelas chamas
Atalaia, Degracia, Cadafaz, Belver e Arriacha são algumas das povoações que nas últimas horas mais preocupações tem dado aos 482 operacionais, apoiados por 161 meios terrestres, que combatiam as chamas no concelho de Gavião, pelas 23h30.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Gavião, José Pio, referiu que a situação no município "ainda é muito grave" e que deseja que "a humidade da noite possa ajudar os bombeiros a dominar o incêndio".
"Os bombeiros têm aqui muitas horas de trabalho. Têm feito um esforço titânico para evitar que as chamas avancem. Infelizmente a situação mantém-se na mesma e temos situações muito graves. Neste momento ainda existem várias aldeias em perigo", apontou o autarca.
Ao inicio desta noite, pelas 20h00, a Câmara de Gavião decidiu acionar o Plano de Emergência Municipal, devido à gravidade dos incêndios.
Durante a tarde já tinham sido retiradas pessoas das aldeias de Torre Cimeira e Torre Fundeira e encaminhadas para as instalações do lar de idosos de Belver e para a Santa Casa da Misericórdia de Gavião.
Aldeia e praia fluvial evacuadas
Uma aldeia e uma praia fluvial foram evacuadas no concelho de Gavião, distrito de Portalegre, onde o incêndio avança "com muita intensidade" em direção à sede de concelho, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Gavião.
Segundo José Pio, na aldeia do Cadafaz foi evacuada toda a localidade, "à exceção dos que nem a GNR conseguiu tirar", e foi também evacuada a Praia Fluvial do Alamal, junto ao rio Tejo.
O fogo, explicou o autarca, surgiu na outra margem do rio Tejo, junto a Cadafaz, numa situação que "dá a sensação clara de que foi fogo posto, porque, senão, a projeção teria quilómetros".
"Do sítio onde o incêndio estava para onde saltou e veio pegar é mais de um quilómetro. Não acredito, neste caso, em projeções. Acredito que haja dispositivos colocados em sítios estratégicos", frisou o presidente da Câmara de Gavião, sublinhando que as autoridades foram apanhadas de surpresa.
"Não havia operacionais deste lado do Tejo", constatou José Pio, considerando que, naquela zona, seriam necessários "todos os meios possíveis".
A praia fluvial do Alamal estava na altura "cheia de gente", tendo as pessoas sido aconselhadas a ir para o centro da vila de Gavião.
Segundo o autarca, as chamas lavram "com muita intensidade, a uma velocidade enorme e em direção à sede de concelho".
Durante a tarde já tinham sido retiradas cerca de 150 pessoas das aldeias de Torre Cimeira e Torre Fundeira e encaminhadas para as instalações do lar de idosos de Belver e para a Santa Casa da Misericórdia de Gavião.
Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o combate às chamas mobilizava, às 18h15, um total de 371 operacionais, apoiados por 120 viaturas e sete meios aéreos.
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