Desde que o cessar-fogo entrou em vigor, a 10 de outubro, Israel tem entregado os restos mortais de 15 palestinianos por cada refém libertado.
Israel entregou, esta segunda-feira, os corpos de 45 palestinianos, avançou a Cruz Vermelha, um dia depois de ter identificado os restos mortais de três reféns.
As autoridades israelitas identificaram os restos mortais entregues pelo Hamas como pertencentes a três soldados das Forças de Defesa Israelitas que foram mortos durante o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023. Em causa estão os restos mortais do capitão Omer Neutra, um americano-israelita, do sargento Oz Daniel e do coronel Assaf Hamami. O comunicado do Hamas referia que os corpos foram encontrados no domingo num túnel no sul da Faixa de Gaza.
Omer Neutra tinha 21 anos quando militantes do Hamas o sequestraram, juntamente com a restante tripulação que se encontrava num tanque, a 7 de outubro de 2023. Em dezembro 2024, os militares anunciaram que Neutra tinha sido morto no ataque que deu início à ofensiva israelita. Oz Daniel, de 19 anos, foi, no mesmo dia, retirado à força do seu tanque por militantes e levado para Gaza, com outros três membros da sua tripulação que já foram repatriados. Também Assaf Hamami morreu na madrugada do 7 de Outubro enquanto tentava defender o Kibutz Nirim.
A mais recente troca é mais um passo para cimentar o frágil cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos, no conflito de dois anos, que já se tornou o mais mortal e destrutivo já travado entre Israel e o Hamas. Desde que esse cessar-fogo entrou em vigor, a 10 de outubro, o Hamas já entregou todos os reféns que ainda se encontravam vivos e os corpos de 20. Neste momento Israel acredita que ainda se encontram oito corpos em Gaza.
Por cada refém israelita libertado, Israel tem entregado os restos mortais de 15 palestinianos. Com a libertação de segunda-feira, já foram entregues os corpos de 210 palestinianos desde o início do cessar-fogo.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza apenas 78 dos corpos repatriados foram identificados até ao momento, uma das maiores dificuldades está relacionada com a escassez de kits de ADN. O ministério publica fotos de todos os restos mortais online na esperança que as famílias os reconheçam.
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