Números divulgados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) divulgou esta sexta-feira que, em média, duas crianças refugiadas morreram afogadas diariamente no Mediterrâneo desde setembro último quando tentavam chegar à Europa com algum familiar, conhecido ou sozinhas.
Desde setembro de 2015, mais de 340 menores, muitos deles bebés ou crianças de tenra idade, morreram no Mediterrâneo oriental, entre a costa da Turquia e as ilhas gregas, referiu a agência das Nações Unidas, admitindo, no entanto, que o número real de mortes pode ser maior porque muitos corpos "perdem-se no mar".
O mar Egeu tornou-se numa das rotas mais perigosas para os refugiados, que fogem de conflitos e de perseguições, mas também para os migrantes de cariz económico.
Portugal disponível para receber no total cerca de dez mil refugiados
O primeiro-ministro português, António Costa, enviou cartas a homólogos de alguns dos Estados-membros mais pressionados pelos fluxos migratórios disponibilizando-se para receber mais cerca de 5.800 refugiados além da quota comunitária, indicou fonte do executivo.
Deste modo, Portugal poderia vir a acolher no total um número próximo de 10 mil refugiados.
De acordo com a mesma fonte, o chefe de Governo, que se encontra em Bruxelas a participar numa cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), enviou na semana passada cartas à Grécia, Itália, Áustria e Suécia, nos mesmos termos da proposta apresentada no início do mês à chanceler alemã, Angela Merkel.
Em causa está a disponibilidade do Governo português para, "no espírito da solidariedade europeia", acolher até mais cerca de 5.800 refugiados, além da "quota" destinada a Portugal no quadro do sistema de recolocação de refugiados entre os Estados-membros (4295 pessoas ao abrigo do mecanismo de recolocação e 191 pessoas ao abrigo da reinstalação - ou seja, provenientes de países fora da UE.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a disponibilidade manifestada por Portugal para partilhar o esforço na recolocação de refugiados também a nível bilateral visa "dar o exemplo da atitude que todos os Estados-membros devem ter".
Sublinhando que a Europa "tem o dever de proteção a todos os que são perseguidos", que fogem da guerra e procuram refúgio em território europeu, António Costa apontou que, "nesse sentido, Portugal, que não tem estado a ser particularmente pressionado" pelos fluxos de refugiados, "tem manifestado a disponibilidade, não só junto da UE, mas também bilateralmente, junto dos países que estão a sofrer maior pressão" de acolher refugiados "na base de uma recolocação bilateral".
Lisboa inaugura centro de acolhimento temporário para refugiados
A Câmara Municipal de Lisboa inaugura na segunda-feira o Centro de Acolhimento Temporário para Refugiados, localizado na freguesia do Lumiar, que será "uma primeira estação de chegada" para estas pessoas, anunciou esta sexta-feira o presidente da Junta.
O Centro de Acolhimento Temporário para Refugiados fica instalado na Quinta das Camélias (junto ao cruzamento entre a Alameda das Linhas de Torres com a Avenida Rainha D. Leonor) e terá "todas as condições de um local de estadia", disse à Lusa Pedro Delgado Alves.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, o edifício de quatro pisos terá uma lotação para 35 pessoas, e destina-se à realização de "um acompanhamento inicial enquanto aguardam uma resposta definitiva".
O centro é constituído por quartos, zona de convívio, zona administrativa, de refeições, área destinada aos menores e, ainda, locais para o acompanhamento por parte das instituições responsáveis.
Também o ensino da língua portuguesa será contemplado, pelo que o edifício terá uma área destinada às aulas.
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