page view

Milhares de pessoas prestam homenagem a Adolfo Suárez

As autoridades espanholas já informaram que o aeroporto de Madrid Barajas vai mudar de nome para Adolfo Suárez-Madrid Barajas.

25 de março de 2014 às 14:53

Dezenas de milhares de pessoas prestaram esta terça-feira uma última homenagem ao primeiro presidente do governo espanhol após a queda da ditadura, Adolfo Suárez, que morreu no domingo e hoje foi a sepultar com honras de Estado. De acordo com o relato da agência espanhola EFE, os cidadãos acompanharam a cerimónia de forma solene e emocionada, que hoje se realizou em Madrid, com aplausos e saudações de vitória. Presentes estiveram também, para além dos familiares de Suárez, as mais altas figuras da política espanhola, nomeadamente o chefe de Governo, Mariano Rajoy, e os presidentes do Congresso e do Senado, Jesús Posada e Pío García Escudero.

Depois de ouvido o hino nacional e de observado um minuto de silêncio, o caixão, envolto na bandeira espanhola, seguiu dentro de uma carruagem puxada por cavalos, em marcha lenta, até à central Plaza de Cibeles, última paragem antes da partida do corpo do ex-chefe de Estado para Ávila, cidade a uma centena de quilómetros da capital espanhola onde será enterrado. As autoridades espanholas já informaram que o aeroporto de Madrid Barajas vai mudar de nome para Adolfo Suárez-Madrid Barajas. Esta alteração deverá custar entre meio milhão e um milhão de euros, estimou hoje o presidente da entidade que gere os aeroportos espanhóis (Aena).

"Um aeroporto tem o nome em muitos sítios e haverá coisas que se podem alterar imediatamente e outras que terão um processo mais lento", referiu José Manuel Vargas. Adolfo Suárez, primeiro presidente do governo de Espanha após a ditadura de Francisco Franco (1936-1975), morreu no domingo, aos 81 anos, em Madrid, onde estava internado há uma semana, depois de ter sofrido um agravamento do seu estado neurológico. Foi um político chave na transição pacífica da ditadura para a democracia em Espanha. A aprovação da lei da amnistia, a legalização dos partidos e sindicatos e a convocação das eleições livres de 1977 são algumas das marcas do seu mandato. O Governo espanhol decretou três dias de luto oficial pela morte de Suárez.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8