Marcelo Rebelo de Sousa decretou um dia de luto nacional.
1 / 3
Várias são as personalidades da política e sociedade portuguesas que comentaram publicamente a morte de António Arnaut, esta segunda-feira. Luto NacionalO Presidente da República aceitou a iniciativa do Primeiro-ministro de decretar um dia de luto nacional em memória de António Arnaut. O Decreto do Governo que declara luto nacional no dia 22 de maio será assinado ainda esta segunda-feira. A deslocação presidencial a Évora amanhã foi cancelada.
Coimbra decreta luto municipal e suspende reunião da Câmara
A decisão de decretar luto municipal foi anunciada pelo presidente da Câmara, o socialista Manuel Machado, no início da reunião camarária de hoje, que, no mesmo sentido, sugeriu a suspensão da sessão (que será retomada na tarde de quinta-feira), proposta que foi aceite por todos os vereadores.
Manuel Machado, que também é presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), disse ainda que, para além da bandeira do município, também a bandeira da Associação hasteada nos Paços do Concelho de Coimbra, foi colocada a meia haste em sinal de luto.
"Hoje é um dia muito triste para Coimbra, para o país e para a pátria", afirmou Manuel Machado, sustentando que António Arnaut "desempenhou um papel notável na vida democrática -- contra a ditadura e na recriação da democracia" e que foi "um dos principais construtores do Estado social".
Na declaração que fez aos jornalistas, após a sessão, o presidente da Câmara de Coimbra lembrou, emocionado, que Arnaut foi o construtor do Serviço Nacional de Saúde (SNS), projeto que constitui "uma experiência única no mundo".
Câmara ardente a partir das 18h30 desta segunda-feira no Convento S. Francisco, Coimbra
O corpo de António Arnaut estará a partir das 18h30 em câmara ardente na antiga igreja do Convento de S. Francisco, nesta cidade.
Na terça-feira, o corpo sairá às 16h30 da antiga igreja do Convento S. Francisco, em Coimbra, para o crematório da Figueira da Foz.
Marcelo lembra "lutador pela liberdade e pela democracia" e "criador do SNS"
O Presidente da República lamentou a morte do antigo ministro António Arnaut, lembrando-o como um "cidadão impoluto" que foi um "lutador pela liberdade e pela democracia" e "criador do Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
Em declarações aos jornalistas, à saída do quartel dos bombeiros de Vila Nova de Tazem, no concelho de Gouveia, distrito da Guarda, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que António Arnaut foi "proponente de uma reforma do SNS há muito pouco tempo".
"Eu tive a honra de o condecorar com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e queria, como amigo, recordar com saudade a pessoa e agradecer-lhe tudo o que fez por Portugal", afirmou o chefe de Estado.
O Presidente da República destacou a forma como o socialista era "sensível à justiça e à solidariedade", acrescentando: "Daí ser o criador do SNS que é, porventura, uma das expressões máximas da solidariedade social acolhida na nossa Constituição".
"Era de uma fidelidade, de uma lealdade, de uma persistência", elogiou.
Rui Rio recorda "figura incontornável" do pós 25 de Abril
O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou que o partido que lidera reconhece António Arnaut como "uma figura incontornável" do pós 25 de Abril.
Rui Rio destacou a importância de António Arnaut "na democracia, particularmente no pós 25 de Abril, independentemente de ter sido o criador do Serviço Nacional de Saúde [SNS]".
"Todos nós portugueses temos que agradecer [essa marca], mas acima de tudo foi um grande democrata e presidente do Partido Socialista. Por isso, não só à família como ao próprio Partido Socialista queria dar os meus sentimentos e dizer que o PSD reconhece o doutor António Arnaut como uma figura incontornável do pós 25 de Abril", disse o líder social-democrata, que falava aos jornalistas após uma manhã dedicada à justiça, em Coimbra.
Rui Rio informou ainda que o PSD marcará presença nas cerimónias fúnebres.
Bastonário descreve Arnaut como um homem lutador
"É uma grande perda para o país, não só pelo seu papel fundamental no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas por toda a sua atividade política, como grande defensor dos direitos, liberdades e garantias", afirmou Miguel Guimarães à agência Lusa.
O bastonário dos Médicos considera que a figura de António Arnaut é insubstituível, destacando as suas "posições irreverentes", tentando sempre "puxar pela carroça com o objetivo de salvar o SNS".
Manuel Alegre considera Arnaut o socialista mais genuíno
Manuel Alegre, dirigente "histórico" socialista, assumiu estas posições numa mensagem que transmitiu à agência Lusa, depois de tomar conhecimento da morte do presidente honorário do PS e antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, esta segunda-feira, em Coimbra, aos 82 anos.
"Estou muito abalado, era um dos meus maiores amigos de há muito tempo. António Arnaut é o socialista mais genuíno que conheci", declarou o antigo conselheiro de Estado.
Assunção Cristas recorda Arnaut como um "homem profundamente dedicado às causas em que acreditou"
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita no âmbito das jornadas parlamentares do CDS-PP que decorrem até terça-feira em Viana do Castelo, a líder do CDS-PP recebeu a notícia pela comunicação social.
"Realço um homem profundamente dedicado às causas em que acreditou, nomeadamente na construção do SNS", afirmou, deixando os "profundos sentimentos" à família, amigos e ao Partido Socialista, de que foi cofundador e era presidente honorário.
Ministro da Saúde considera Arnaut figura de referência
O ministro da Saúde considera que António Arnaut não era apenas o pai do Serviço Nacional de Saúde, descrevendo-o como uma figura de referência em termos de influência cívica e com grande devoção à causa pública.
Em declarações por telefone à agência Lusa, o ministro Adalberto Campos Fernandes lembrou ainda Arnaut como um "republicano, um homem da literatura, um grande poeta e um homem de uma enorme sensibilidade".
"Não é apenas o pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS), como nos habituámos a reconhecê-lo. Perdemos um cidadão que soube enobrecer a sua devoção à causa pública", afirmou o ministro, que se encontra na Suíça a participar na 71.ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde.
Carlos César evoca "apaixonado" pela causa da saúde pública
O presidente do PS, Carlos César, lembrou a memória de António Arnaut, hoje falecido, evocando o socialista como um "apaixonado" pela causa da saúde pública e um "representante do sentido humanista" que a política deve ter.
Arnaut, declarou César, "não era apenas um socialista, era um socialista muito simbólico, representante do sentido humanista com que a política se desenvolve", um socialista "empenhado, apaixonado naquilo que sempre constituiu a sua grande causa, a causa da saúde pública".
E concretizou: "Com o desaparecimento de António Arnaut, fundador do PS, nosso presidente honorário, sobretudo nosso presidente afetivo, desaparece uma parte muito significativa da nossa memória do presente", sendo que existe a "responsabilidade" de seguir uma trajetória "humanista" no PS.
Carlos César endereçou ainda sentimentos à família do presidente honorário dos socialistas.
César falava aos jornalistas na Madalena, à margem das celebrações do dia da Região Autónoma dos Açores, que hoje se assinala na ilha do Pico.
Ferro Rodrigues destaca exemplo ético e causa dos direitos sociais
O presidente da Assembleia da República considerou hoje que o fundador do PS António Arnaut personificava o conceito de "ética republicana", destacando que foi até ao seu último dia um militante ativo da causa dos direitos sociais.
"É com profunda tristeza que tomo conhecimento do falecimento de António Arnaut, um homem que personificava, como poucos, o conceito de ética republicana", refere Ferro Rodrigues numa mensagem enviada à agência Lusa.
Para o presidente da Assembleia da República, António Arnaut "foi combatente antifascista, deputado à Assembleia Constituinte e fundador do Partido Socialista", apontando, ainda que, atualmente, era o presidente honorário do PS.
"Enquanto ministro, ficou associado à criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma das principais conquistas sociais da democracia portuguesa. Era por isso justamente apelidado de pai do SNS. Era assim que os portugueses, reconhecidos, o viam", sustentou o antigo secretário-geral do PS.
Na sua mensagem, Ferro Rodrigues destacou que António Arnaut foi "até ao último dia um cidadão empenhado e um militante ativo da causa dos direitos sociais, porque sabia bem que sem igualdade de oportunidades a liberdade não tem condições para ser exercida".
"A sua partida deixa-me já um imenso sentimento de saudade. E quero, em nome da Assembleia da República, transmitir publicamente à sua família e a todo o PS, as minhas mais sentidas condolências", acrescentou.
José Martins Nunes destaca "uma das maiores reservas éticas e morais" do país
O antigo secretário de Estado da Saúde José Martins Nunes destaca António Arnaut, que hoje morreu em Coimbra, como "uma das maiores reservas éticas e morais" de Portugal.
"Faleceu uma das personalidades mais marcantes do Portugal democrático e uma das maiores reservas éticas e morais do país", disse José Martins Nunes à agência Lusa.
O antigo presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) garantiu ainda que Portugal "fica mais pobre" com o desaparecimento de António Arnaut.
"Hoje, Portugal fica mais pobre. Um cidadão exemplar, um amigo de mais de 40 anos que deixa uma enorme tristeza em todos quantos o tinham como a sua referência", disse também.
Morreu um homem de princípios "como há poucos", diz António Campos
António Campos, um dos fundadores do PS, disse à agência Lusa que, com o falecimento de António Arnaut, se perdeu "um homem de luta política e de princípios, como infelizmente há poucos".
António Arnaut "fazia da política uma luta de causas", sublinhou o amigo e "parceiro de muitas batalhas políticas" do advogado e escritor que foi impulsionador do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Perdemos um democrata da cabeça aos pés", lamentou António Campos, que conheceu António Arnaut quando este ainda era estudante na Faculdade de Direito em Coimbra, no início dos anos 60, durante uma comemoração da revolta de 31 do janeiro de 1891.
"Depois foram as reuniões clandestinas, aqui em minha casa [em Oliveira do Hospital] e na casa dele [em Coimbra]", para a fundação do Partido Socialista, para as eleições de 1969 pela oposição democrática, recordou António Campos, referindo diversos outros combates de António Arnaut, destacando, depois do 25 de Abril, "a criação, com Mário Mendes, do SNS.
Francisco George recorda homem "interessado em servir portugueses"
O presidente da Cruz Vermelha e antigo diretor-geral da Saúde, Francisco George, lembrou hoje António Arnaut como um homem que, na perspetiva do interesse público e de todos os portugueses, "não recuava e não estava sujeito a pressões".
"O país perde uma figura, mas ganhou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ele fundou. Perde uma figura política de impressionável transparência, mas ganhou um SNS para sempre", afirmou Francisco George à agência Lusa.
O especialista em saúde pública afirmou que António Arnaut foi responsável por colocar "Portugal no topo a nível internacional", no que diz respeito à "saúde da população, em particular das mães e das crianças".
Francisco George recordou ainda a capacidade de "tomada de decisão inabalável" do antigo ministro dos Assuntos Sociais.
"A decisão, uma vez tomada, era inabalável para ele. Ia para a frente, não recuava, não estava sujeito a pressões, a interesses. Isto na perspetiva do interesse público, do interesse de todos os portugueses, no interesse dos mais pobres, mais vulneráveis", afirmou.
Enfermeiros lembram "um dos últimos homens bons e sérios da Saúde"
A Ordem dos Enfermeiros considera que "morreu um dos últimos homens bons e sérios da Saúde", manifestando pesar pelo falecimento de António Arnaut.
Numa nota assinada pela bastonária Ana Rita Cavaco, a Ordem manifesta o seu "enorme pesar" e lembra que Arnaut "foi sempre um defensor e amigo dos enfermeiros".
Académica recorda "entusiasta e sócio fervoroso" da Briosa
"A Briosa está de luto. Faleceu António Duarte Arnaut, sócio 116 da Associação Académica de Coimbra/OAF", lê-se na nota de pesar do clube, na destaca o associado como uma "figura de grande relevo" no país.
"António Arnaut era um entusiasta e sócio fervoroso da Académica. Associado da Briosa há mais de 60 anos, fica na história do nosso país pelo inexcedível contributo em diversas áreas. À Família enlutada, a direção da AAC/OAF endereça as mais sentidas condolências", prossegue.
PS de Coimbra destaca Serviço Nacional de Saúde e diz que portugueses estão de luto
O presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS destaca António Arnaut como "responsável por uma das maiores conquistas contemporâneas de Portugal", o Serviço Nacional de Saúde.
"Com a triste notícia do falecimento de António Arnaut, todos os portugueses estão de luto. António Arnaut foi responsável por uma das maiores conquistas contemporâneas de Portugal. A ele devemos o Serviço Nacional de Saúde, que tão importante é para milhões de portugueses", disse Pedro Coimbra à agência Lusa.
Também Carlos Cidade, presidente da concelhia de Coimbra dos socialistas, elogiou um "português de valores".
"Até sempre e obrigado Arnaut. Hoje, deixou-nos um de nós. Um português de valores, um camarada socialista orgulhoso, fundador e presidente honorário do PS. António Arnaut assumia-se como Socialista Democrático a cada vez que citava António Sérgio com uma paixão inabalável", diz Carlos Cidade, numa nota enviada à Lusa.
Carlos Cidade lembra também que Arnaut se assumiu "como Socialista até na poesia que escreveu e declamou".
"Assumia-se como Socialista a cada batalha que travava em prol do Serviço Nacional de Saúde", sublinha.
"'O SNS foi uma teimosia minha', disse numa entrevista em 2016. Hoje, todos os Socialistas e Portugueses lhe agradecem a teimosia. Hoje deixou-nos António Arnaut, um militante que soube ser Presidente de todos os Socialistas. Arnaut deixou-nos mais pobres como Portugueses e Socialistas, mas a riqueza que nos deixou 'por despacho' no SNS e na sua impressionante leveza de ser um homem honrado e nos inspirar, ficará para sempre", recorda.
Na nota, Carlos Cidade diz ainda que "hoje e amanhã [António Arnaut] servirá de exemplo a todos os Socialistas e Democratas, uma inspiração para que os camaradas no futuro sejam 'teimosos' na intransigente luta pelos direitos e liberdades de todos".
"Deixou-nos o Advogado e o Político. Deixou-nos o Poeta e o Amigo. Deixou-nos o Irmão! Os nossos sentimentos estão com a sua família e com todos os que neste momento de pesar sofrem com a sua partida. Obrigado Arnaut! Até sempre camarada", refere.
Líder do PS/Porto evoca "figura insubstituível do Portugal democrático"
O líder da distrital do Porto do PS, Manuel Pizarro, considerou hoje que António Arnault "é uma figura insubstituível do Portugal democrático", agradecendo o seu "contributo ímpar" para "a concessão de um país mais progressista e mais justo".
Em comunicado, o socialista Manuel Pizarro anuncia que a distrital disponibilizará durante os próximos três dias um livro de condolências, que será esta tarde aberto e posteriormente entregue à família do fundador do Serviço Nacional de Saúde e cofundador do PS, que morreu hoje, aos 82 anos, em Coimbra.
Para o líder da Federação Distrital do Porto do PS, António Arnaut "é uma figura insubstituível do Portugal democrático a quem todos devemos muito pelo seu exemplo de retidão e pela sua capacidade de exercer os cargos públicos, respeitando compromissos e valores de um homem comprometido com a defesa de interesses dos que mais necessitam".
Apresentando as condolências à família e amigos de Arnaut, Manuel Pizarro acrescenta que, no PS, o advogado "será sempre recordado pela defesa intransigente da ética na política e pelo apego aos valores mais profundos do ideário socialista".
O PS/Porto recorda que Arnault "foi um dos rostos da oposição ao Estado Novo, em 1958", participando "na comissão distrital da candidatura presidencial de Humberto Delgado", em Coimbra.
Médicos do Centro defendem que legado permanecerá para sempre
A Ordem dos Médicos do Centro sublinha o papel de António Arnaut, que hoje morreu em Coimbra, na criação do Serviço Nacional de Saúde e defendeu que o seu legado permanecerá para sempre.
"A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos lamenta a perda de um ser humano de incomensurável bondade: Dr. António Arnaut. Homem bom, probo, leal aos seus princípios, defensor dos mais humildes e um ser humano excecional. Na defesa de uma sociedade mais justa, fez do Serviço Nacional de Saúde a sua referência e pugnou para que, ajudando todos, fosse este o seu cravo sempre viçoso. O seu legado permanecerá para sempre", referem os médicos do Centro, numa nota enviada à agência Lusa.
A organização liderada por Carlos Cortes recorda também que António Arnaut foi a primeira personalidade fora da área da medicina a ser distinguido pela Ordem dos Médicos.
"Um ser humano sempre preocupado com os seus concidadãos. Político, escritor, advogado: o seu legado permanecerá para sempre", refere a mesma nota.
João Semedo lembra "insubmisso e permanente lutador pela liberdade"
O ex-coordenador do BE João Semedo lembrou hoje António Arnaut como um "insubmisso e permanente lutador pela liberdade, pela igualdade e pela justiça social", pedindo dignidade pelo exemplo deixado pelo pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em janeiro deste ano, João Semedo e António Arnaut lançaram o livro "Salvar o SNS - Uma nova Lei de Bases da Saúde para defender a democracia".
Numa nota publicada na rede social Facebook, João Semedo considerou que António Arnaut, que morreu hoje em Coimbra, aos 82 anos, "será para sempre lembrado muito justamente como o 'pai do SNS'", mas sublinhou que o socialista "foi muito mais do que isso".
"Foi um insubmisso e permanente lutador pela liberdade, pela igualdade e pela justiça social, um incansável combatente pelos valores da República, da esquerda e do socialismo", enalteceu.
O antigo coordenador do BE deixou um pedido: "morreu o homem, guardemos a memória do seu exemplo e saibamos ser dignos dele".
"A notícia da morte do meu querido amigo António Arnaut, na sua injustiça e brutalidade, deixou-me amargurado, gelado e invadido por um vazio que retira todo o sentido ao que eu aqui possa dizer", escreveu.
João Semedo assumiu ainda não encontrar "palavras à altura da sua dimensão como cidadão e ser humano nas múltiplas facetas em que a sua riquíssima vida se desdobrou".
Vieira da Silva espera que legado inspire futuro
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, disse hoje esperar que o "legado" do 'pai' do Serviço Nacional de Saúde, António Arnaut, seja uma inspiração para o futuro na causa pública.
"Gostaria que o legado de António Arnaut fosse uma inspiração, obviamente que com novos desafios e novos contextos, mas que a sua dedicação à República e ao bem público, ao bem comum, continuasse a ser uma inspiração, nessa [a Saúde] como em muitas outras áreas", disse Vieira da Silva à agência Lusa.
Em declarações na Figueira da Foz, à margem de um encontro nacional de Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, o ministro sublinhou que a morte de António Arnaut, ocorrida hoje em Coimbra, aos 82 anos é "um momento de tristeza para a democracia portuguesa, para os democratas e muito em particular para os socialistas".
"Obviamente que a ligação dele ao Serviço Nacional de Saúde é algo que marcará decerto o seu papel na História, mas, mais do que isso, a sua figura como um grande democrata é algo que não deixará nunca de ser lembrado. É um momento de tristeza para todos nós, julgo que a generalidade dos portugueses acompanha esse sentimento", frisou Vieira da Silva.
O ministro considerou ainda António Arnaut "uma das grandes figuras da democracia portuguesa" e que o seu desaparecimento "deixa um vazio importante".
Juventude Socialista recorda luta por "sociedade menos desigual"
A Juventude Socialista recordou António Arnaut, falecido hoje, como "um exemplo de luta pela construção de uma sociedade menos desigual, mais solidária e pela defesa intransigente dos valores e da ética no exercício de responsabilidades políticas".
Em comunicado, os jovens socialistas liderados por Ivan Gonçalves agradecem ao presidente honorário do PS a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e apresentam condolências aos seus familiares e amigos.
"Sempre que pensamos num serviço nacional de saúde universalmente gratuito para todos, lembramo-nos de António Arnaut. O nosso imenso obrigado por ter criado o SNS será sempre pouco para lhe fazermos justiça", é referido no texto da JS, antes de lembrar uma frase de Arnaut numa das últimas iniciativas da Juventude Socialista: "O socialismo é uma ética".
Costa decreta luto partidário
secretário-geral do PS, António Costa, considerou esta segunda-feira que o fundador do partido António Arnaut será recordado para a "eternidade" como "o pai" do Serviço Nacional de Saúde (SNS), resistente à ditadura e militante socialista "honrado".
Estas posições foram transmitidas por António Costa à agência Lusa, depois de ter decretado luto partidário, com a bandeira socialista e meia haste em todas as sedes deste partido.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.