"Em muitas cidades pela Europa, a capacidade máxima das unidades de cuidados intensivos será atingida nas próximas semanas", alertou Maria Van Kerkhove.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira que muitas unidades de cuidados intensivos na Europa vão chegar ao limite da sua capacidade nas próximas semanas.
"Há uma situação muito preocupante a acontecer na Europa. Não só estamos a ver aumentos no número de casos como aumentos no número de hospitalizações e no número de pessoas que necessitam de cuidados intensivos", afirmou a principal responsável técnica pela resposta à pandemia de covid-19, Maria Van Kerkhove.
Salientou que, "em muitas cidades pela Europa, a capacidade máxima das unidades de cuidados intensivos será atingida nas próximas semanas" e que essa é a principal preocupação daquela agência das Nações Unidas. Maria Van Kerkhove indicou que com o Outono no hemisfério norte, vai começar a época da gripe sazonal e que isso fará aumentar as necessidades hospitalares das pessoas com doenças respiratórias que terão que ter resposta.
"Estamos agora numa situação diferente" do que se verificava em março, salientou, apontando que hoje há mais capacidade de testagem e de perceber onde começam surtos para os conseguir controlar.
O diretor executivo do programa de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan, salientou que é preciso "garantir que o número de mortes se mantém baixo" no continente, apontando que, para já, está abaixo do que se verificou nos primeiros meses da pandemia, entre março em maio.
Nesse período, indicou o epidemiologista irlandês, registavam-se na região europeia "40 a 50 mil casos e 5.000 mortes por semana", enquanto atualmente, semanalmente se verificam 2.500 ou menos mortes semanais.
Esse número, admitiu, "poderá aumentar nos próximos dias", mas é preciso garantir que "o sistema de cuidados na linha da frente não entra em colapso" e é capaz de dar "prioridade clínica às pessoas que precisam dos primeiros cuidados".
"Não temos que voltar a ver o número de mortes regredir para os níveis horrorosos que vimos na primavera. As coisas mudaram, agora estamos melhores", salientou.
O diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, reiterou que os próximos meses no hemisfério norte serão "muito duros", apontando que se verifica um "aumento exponencial" de casos diagnosticados e ainda se está em outubro.
Em relação às potenciais vacinas, a cientista chefe da OMS, Soumya Swaminatahan, considerou que há "bons progressos" com 10 candidatas na fase 03 de ensaios clínicos, "uma ou duas" das quais poderão apresentar resultados ainda no mês de novembro.
"Mas não nos podemos pôr a adivinhar antes de ver esses resultados", declarou, salientando que a taxa de sucesso para vacinas é normalmente "entre 25 e 30 por cento" e que é preciso estar preparado tanto para um sucesso como para um falhanço.
De qualquer maneira, mesmo com resultados, quaisquer decisões sobre os resultados dos testes terão que passar sempre pelos reguladores, pelo que não será antes da segunda metade de 2021 que haverá qualquer vacina disponível, considerou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.276 pessoas dos 112.440 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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