Bastonárias diz que decisões sobre este tema não podem ser empurradas entre grupos profissionais.
A Ordem dos Enfermeiros vai promover um debate interno e um referendo sobre a eutanásia, mas avisa que as decisões sobre este tema não podem ser empurradas entre grupos profissionais.
A bastonária Ana Rita Cavaco manifestou esta quinta-feira a intenção de realizar um referendo sobre a morte assistida para perceber qual a posição dos enfermeiros em relação ao tema, que deverá ser alvo de debate interno entre os profissionais de enfermagem.
Para a representante dos enfermeiros, uma eventual legalização da eutanásia em Portugal tem sempre de ser discutida também entre os vários profissionais de saúde, não alijando nem empurrando responsabilidades.
"O doente é seguido e assistido em complementaridade por toda a gente. Enfermeiros e médicos têm que, em conjunto, discutir as questões, é em conjunto que a questão tem de ser encontrada, não podemos empurrar responsabilidades de uns para os outros", afirmou Ana Rita Cavaco em declarações à agência Lusa.
Enfermeiros devem pronunciar-se sobre o tema
Hoje, o presidente da Associação de Bioética defendeu que a eutanásia não deve ser praticada por médicos mesmo que venha a ser legalizada, considerando que há outros profissionais que podem ser envolvidos na questão.
"Da mesma maneira que não acho que outro grupo profissional possa empurrar a prática desse ato para os enfermeiros, os enfermeiros também não vão empurrar para outro grupo profissional. É em conjunto que tratamos do doente", argumentou a bastonária dos enfermeiros.
Ana Rita Cavaco quer que os enfermeiros se pronunciem sobre a morte ou suicídio assistido, tendo uma posição definida caso se avance para uma legalização, depois de a sociedade discutir o assunto: "Caso esta questão venha a ser legalizada, mais vale tomarmos uma posição e dizermos de forma clara internamento com o que discordamos ou concordamos".
Também o bastonário da Ordem dos Médicos já assumiu a necessidade de fazer um referendo interno à classe, como forma de uma eventual alteração ao Código Deontológico, caso a morte assistida se legalize.
A título pessoal, a bastonária dos enfermeiros admite a eutanásia aplicada de forma consciente e em situações terminais e de sofrimento intolerável, mas avisa que seria sempre necessário "balizar bem os casos", mostrando-se totalmente contrária à morte assistida em casos de perturbações psicológica ou depressões, por exemplo.
Ana Rita Cavaco lembrou ainda a necessidade de investir na área dos cuidados paliativos, nos quais são essenciais os enfermeiros e que é uma das áreas onde a carência destes profissionais é evidente.
A questão da eutanásia tem sido debatida nas últimas duas semanas desde que foi divulgado um manifesto pela despenalização da morte assistida, assinado por mais de 100 personalidades.
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