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Presidenciais: Ex-ministro João Costa diz que pior cenário será uma segunda volta com Ventura

Antigo responsável pela Educação considerou que presidenciais do próximo ano "são estranhas" porque há "muita divisão".

12 de novembro de 2025 às 22:39

O ex-ministro da Educação do PS João Costa considerou esta que qualquer versão de uma segunda volta nas eleições presidenciais que inclua André Ventura será "o pior que Portugal pode ter".

"Há versões [de uma possível segunda volta] que me preocupam, qualquer que tenha André Ventura como candidato é o pior que Portugal pode ter", disse João Costa.

À entrada para um encontro com a candidata presidencial Catarina Martins, apoiada pelo BE, o ex-ministro socialista rejeitou leituras de um apoio à ex-coordenadora bloquista, recordando que apoia António José Seguro, ex-secretário-geral do PS e candidato apoiado pelos socialistas.

No entanto, o antigo governante disse que tem uma "enorme simpatia" por Catarina Martins e enalteceu os contributos que pode dar para o debate eleitoral.

João Costa opinou que "estas presidenciais são estranhas", uma vez que há "imensos candidatos" e "muita divisão", quer à esquerda, quer à direita.

No entanto, num cenário de uma segunda volta, o ex-ministro da Educação defendeu que é necessário que se dispute entre António José Seguro e outro candidato.

Nessa circunstância, advogou, o apoio a todas as candidaturas à esquerda deveria convergir para o candidato apoiado pelo PS.

A presença de André Ventura, presidente do Chega, nos boletins de voto de uma segunda volta seria levar a votos "todo o ódio, racismo e xenofobia" que acusa o líder da extrema-direita de disseminar.

Catarina Martins, que tinha deixado momentaneamente o encontro para intervir no Parlamento Europeu, uma vez que é a eurodeputada única do BE, comentou que, apesar das diferenças que tinha com João Costa sobre a pasta da Educação, os dois sempre convergiram "na inclusão".

Apontando o dedo a André Ventura e ao Chega, a ex-coordenadora bloquista criticou a leitura de nomes de crianças na Assembleia da República, repudiando a decisão de o fazer por causa da origem das famílias, ainda que estes alunos tenham o direito a frequentar o ensino português e na sua maioria sejam cidadãos nacionais.

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