Macron prometeu contribuir para aumentar o investimento no combate à pandemia.
O Presidente francês Emmanuel Macron defendeu esta sexta-feira, em Pretória, o reforço da produção de vacinas contra a covid-19 na África do Sul e prometeu contribuir para aumentar o investimento no combate à pandemia.
"Sem um sistema de saúde robusto, não se consegue alcançar seja o que for que seja sustentável, combinando infraestruturas de qualidade com profissionais de classe mundial - o vosso país alcançou resultados tremendos - e é por isso que também decidimos que a agência francesa para o desenvolvimento irá investir 2 mil milhões num programa de saúde especificamente dedicado a esta tragédia da covid-19", afirmou Emmanuel Macron.
O chefe de Estado francês, que falava na Universidade de Pretória, adiantou que o investimento francês "será reforçado com valor acrescentado", salientando que quer "também ajudar a reforçar a capacidade da África do Sul para enfrentar esta crise e todas as outras doenças e questões de saúde", o que será feito com "o acompanhamento com a OMS [Organização Mundial de Saúde]".
Nesse sentido, Macron disse também que os dois países concluíram uma série de iniciativas com as farmacêuticas sul-africanas Aspen e Biovac, juntamente com a Alemanha, os Estados Unidos da América, o Banco Mundial e a União Europeia, "precisamente para aumentar a capacidade atual e transferir rapidamente tecnologias concretas das vacinas atuais para as produzir para o mercado final".
"Isto servirá para atender à crise a curto prazo e constituirá uma solução para as necessidades de médio e longo prazo", frisou.
"Vamos mobilizar o setor privado e todos os nossos parceiros aqui na África do Sul, para se investir na formação e transferência de conhecimento no âmbito deste programa de desenvolvimento da indústria farmacêutica em África", salientou.
O chefe de Estado francês elogiou a liderança do Presidente Cyril Ramaphosa no combate à pandemia de covid-19 no continente, e a capacidade da África do Sul no sequenciamento genómico do novo coronavírus, referindo que os cientistas sul-africanos "têm sido instrumentais na identificação das várias variantes".
"Sem esta capacidade teríamos provavelmente cometido muitos erros durante os meses passados", sublinhou, acrescentando: "E podem contar com a cooperação dos centros de investigação franceses, alemães e europeus".
Na ótica do Presidente francês, "a grande questão" atual "é produzir mais vacinas e não devem existir proibições e restrições", apelando à remoção de "todas as barreiras ao acesso às vacinas em África".
O chefe de Estado francês, que realiza a sua primeira vista oficial à África do Sul, adiantou também que o Governo francês vai doar 30 milhões de doses de vacinas até ao fim do ano.
Emmanuel Macron considerou também que existe "falta de transparência" e "prestação de contas" com a iniciativa Covax, da OMS, por se estar "a acumular os comprometimentos financeiros" sem se saber "quando e onde estão a ser entregues as vacinas".
"Ninguém consegue dizer qual é o custo real das doses que estamos a adquirir e julgo que o preço deveria ser regulado porque os países pobres estão a pagar mais do que os países ricos", frisou o Presidente francês.
Anteriomente, no final de conversações bilaterais com o seu homólogo sul-africano Cyril Ramaphosa no palácio presidencial 'Union Buildings', na capital, Pretória, Macron disse que a França "é a favor do levantamento das barreiras, nomeadamente da propriedade intelectual, para a produção de vacinas contra a covid-19 na África do Sul e em outros países do continente".
"É necessário vacinar rapidamente o maior número de pessoas e temos que abranger o maior número de pessoas em todo o mundo", sublinhou Macron.
Em declarações à Lusa, Stavros Nicolau, administrador da farmacêutica multinacional sul-africana Aspen, o maior investidor em França, onde detém unidades industriais de produção, considerou ser "urgente a Europa fornecer tecnologia" para que o continente africano possa construir a sua própria capacidade de produção.
"Produzir em termos do produto final e da produção de conteúdo, e um segundo aspeto importante das conversações de hoje, teve a ver com a possibilidade de as agências globais de aquisição de vacinas adquirirem também vacinas às empresas farmacêuticas africanas, porque são necessárias economias de escala", disse o gestor sul-africano.
A visita de dois dias do chefe de Estado francês arrancou no 'Union Buildings', sede da Presidência sul-africana, em Pretória, onde decorreram conversações bilaterais sobre temas como saúde, ensino (transferência de competências), comércio e segurança regional.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.