José Sócrates foi ouvido durante mais de cinco horas na condição de testemunha.
O advogado de José Sócrates admitiu esta segunda-feira haver "fugas de informação de quem controla o processo" em que o ex-primeiro-ministro, preso preventivamente em Évora, está indiciado de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
À saída do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde José Sócrates foi ouvido durante mais de cinco horas na condição de testemunha, João Araújo referiu que "o segredo de justiça nasceu e existe para proteger as pessoas, seja este ou aquele".
No entanto, João Araújo, acompanhado do outro advogado de José Sócrates, Pedro Delille, referiu que o segredo de justiça "está a ser usado por uma empresa contra José Sócrates", sem concretizar qual.
"Essa violação do segredo de justiça faz ganhar milhões", acrescentou. João Araújo explicou que a presença de José Sócrates no DIAP de Lisboa foi para "participar em duas diligências, ambas relativamente à violação do segredo de justiça".
"Sócrates sente-se profundamente ofendido pelas violações do segredo de jutisça", asseverou o causídico. Na parte da manhã, o procurador do DIAP aplicou o "segredo de justiça" ao inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República, no qual José Sócrates pediu para ser constituído assistente, decisão que ainda não foi tomada, como frisou João Araújo.
Após a inquirição durante três horas na parte da manhã, o ex-primeiro-ministro foi questionado de tarde "sobre uma denúncia apresentada à Procuradoria-Geral da República por Mário Machado". "José Sócrates manifestou-me a tristeza pelo facto do Ministério Público mobilizar esforços por causa de uma denúncia [de Mário Machado]. É uma associação forçada do MP a um delinquente", afirmou João Araújo.
O advogado afirmou ainda que o ex-primeiro-ministro, detido preventivamente há três meses, "sente-se muito honrado de ser alvo de queixa de Mário Machado". O advogado de José Sócrates declarou ainda que o Tribunal Central de Instrução Criminal, que se deverá pronunciar até terça-feira sobre a manutenção ou não da prisão preventiva do antigo governando, ainda não respondeu ao pedido da defesa de inquirição, no âmbito da "Operação Marquês".
João Araújo, durante declarações prestadas no Campus da Justiça, disse ainda estar convicto de que ex-primeiro-ministro "vai ser libertado". João Araújo não esclareceu ainda se vai interpor um pedido de libertação imediata ("habeas corpus"), reservando o momento para quando for "adequado, necessário e justificado".
"O nosso método, o nosso sistema, é prosseguir pelas vias normais até considerarmos que o processo está a correr pelas vias normais. Até agora, não encontrei desvio anormal para justificar diligências extraordinárias", acentuou.
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