Presidente do CDS-PP considera que postura de Azeredo Lopes em relação ao caso de Tancos "não é admissível".
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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, pediu este domingo a demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, por considerar que a sua postura em relação ao caso de Tancos "não é admissível".
"O senhor ministro da Defesa Nacional mais uma vez veio mostrar que não tem a mínima noção do que é exercer o cargo que ocupa, que não tem estatura para o exercer, vem fazer perguntas, levantar dúvidas, quando aliás coloca a questão de que se calhar nem sequer há um furto. Dúvidas que só depreciam a instituição militar e que o colocam quase como um comum cidadão, como se nada soubesse e nada devesse saber", disse Assunção Cristas.
A líder nacional do CDS-PP falava aos jornalistas na Mêda, no distrito da Guarda, antes de participar na sessão de apresentação dos candidatos democratas-cristãos às eleições autárquicas de dia 01 de outubro, sobre as declarações do ministro da Defesa divulgadas hoje numa entrevista conjunta ao jornal Diário de Notícias e à rádio TSF.
Na entrevista, referindo-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão, Azeredo Lopes admite que "no limite, pode não ter havido furto nenhum", frisando que o inquérito em curso ainda não tem conclusões definitivas.
Para Cristas, "não é admissível" a postura do ministro da Defesa em relação ao caso de Tancos.
"E, portanto, se o ministro da Defesa não sabe, acha que não tem de saber, não quer saber, então, pois que saia do seu cargo. Se o senhor ministro da Defesa acha que pode ser um qualquer cidadão que faz perguntas, mas que não tem nenhuma responsabilidade nas respostas, então deve sair do Governo e tornar-se um comum cidadão, porque não compreendeu ainda a natureza do seu cargo", acrescentou a presidente do CDS-PP.
Assunção Cristas disse ainda que o titular da pasta da Defesa "não compreendeu que a um ministro pedem-se respostas, que é a ele que o povo tem de fazer perguntas e dele obter respostas e se não se sente bem nessas funções, se não as compreende sequer, então não está lá a fazer nada".
"As declarações do senhor ministro são inaceitáveis, são inadmissíveis, deixam-nos a todos absolutamente perplexos", rematou.
O CDS-PP já tinha anunciado que, na reunião da comissão parlamentar de Defesa agendada para terça-feira, irá propor que Azeredo Lopes também fale sobre Tancos quando se deslocar à Assembleia da República, provavelmente dia 20 de setembro.
Assunção Cristas considerou ainda que "a cada passo dado" o ministro da Defesa "mais se enterra nas explicações que não dá".
"Nós entendemos que o senhor ministro não tem condições para exercer o cargo e que fragiliza a autoridade do Estado, ainda por cima, numa área onde a autoridade é particularmente necessária. Portanto, o senhor ministro é irrelevante dentro de um Governo quando afirma que nada sabe, nada tem para explicar e acha que isso é absolutamente normal e se coloca na posição de um qualquer comum cidadão", declarou.
Reafirmando que a postura do governante não é admissível, a líder do CDS-PP lamentou "que assim seja" porque "o país precisava e precisa de ter pessoas capazes e com compreensão dos seus cargos nesta matéria e era importante que o senhor ministro percebesse que ser ministro é ser responsável".
"Ser ministro é dar respostas e, se não tem as respostas para dar, então ao menos que não diga nada, que se remeta ao silêncio porque aquilo que disse é lamentável e só desprestigia a instituição militar e desprestigia o cargo que ocupa", referiu.
Assunção Cristas reiterou ainda que o caso de Tancos "foi algo gravíssimo", prometendo que o CDS-PP continuará a pedir "todas e quaisquer explicações".
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