De norte a sul do País, as fortificações integram a paisagem. É impossível não resistir à sua beleza e imponência.
1 / 8
Estruturas arquitétonicas de fortificação com funções defensivas e, em alguns casos, residenciais, os castelos são uma imagem comum na paisagem, construções típicas de um país com séculos de uma história vibrante. Muitas das edificações, mais do que pela beleza, destacam-se pela sua imponência.
Atrações turísticas imperdíveis, nas cerca de duas centenas de génese medieval existentes em Portugal continental respiramos história, revivemos batalhas e damos rédea solta à imaginação.
A maior parte deste conjunto de fortificações está sob administração do Estado e encontra-se em diferentes estados de conservação. Algumas preservadas sem mácula, outras convertidas em pousadas ou museus, ainda mais algumas em ruínas.
Dos mais emblemáticos até outros menos conhecidos, os castelos guardam entre as suas pedras a memória da defesa da linha de fronteira.
Propomos uma visita a oito destas fortificações, num périplo que percorre o País de norte a sul. Demore-se entre as muralhas, visite os diversos núcleos museológicos, descubra as curiosidades históricas e maravilhe-se com as lendas, essas narrativas fantasiosas. Programe um passeio, reúna a família e conheça um pouco mais da História de Portugal.
Ergue-se numa pequena ilha em pleno Tejo
Em 1129, data da conquista pelas tropas portuguesas, o castelo já existia e denominava-se Almorolan. Entregue aos Templários, foi reedificado e assumiu as características que hoje mantém.
Data Referido em documentos de 1129.
Pormenor Acesso ao castelo por barco.
Entrada 2,50 €
Um dos monumentos mais emblemáticos de lisboa
A vista, a vista, mais uma vez, a vista. O olhar a partir das ameias, a observação desde a baixa pombalina. O rio Tejo, a ‘outra banda’ e Lisboa. Um dos monumentos nacionais mais reconhecidos integra a zona nobre da antiga cidadela medieval, constituída pelo castelo, vestígios do antigo paço real e parte de uma área ocupada pelas elites.
Após a conquista de Lisboa, em 1147, por D. Afonso Henriques, até ao início do século XVI, o Castelo de S. Jorge conheceu o seu período áureo enquanto espaço cortesão, com os antigos edifícios da época islâmica a serem adaptados e ampliados para acolher o rei e a sua vasta corte.
Após o terramoto de 1755, verifica-se uma renovação profunda, que esconde as ruínas mais antigas. No final do século XX, as investigações arqueológicas confirmam a antiguidade da ocupação e o valor histórico do espaço.
O castelo, cujo nome deriva do santo dos cavaleiros e cruzados, conta com cerca de seis mil metros quadrados, onde se encontram pátios, guaritas, fossos, torres e canhões de ferro. No interior da fortificação, pode conhecer a história da cidade na Exposição Permanente, explorar os vestígios do bairro islâmico no Sítio Arqueológico, deparar-se com vistas surpreendentes na Câmara Escura, um sistema ótico de lentes e espelhos, passear pelos jardins e pelo miradouro e fazer uma pausa no Café do Castelo.
Data Fortificação data do século XI.
Pormenor Em 2016, alcançou um número histórico de visitantes – 1 773 408 –, o que lhe permitiu manter a posição de monumento mais visitado de Portugal. Em média, foram 4912 visitantes por dia.
Entrada Bilhete a 8,50 €; estudantes e seniores: 5 €. Grátis para residentes no concelho de Lisboa.
Com vista para o rio Mondego
O Castelo de Montemor-o-Velho é um dos mais belos monumentos medievais do País. Foi cenário de inúmeros acontecimentos da História de Portugal. Ali se viveram acesas disputas entre muçulmanos e cristãos.
Data Construído em 991.
Pormenor Em 1355, Afonso IV ali debateu o perigo da união do infante D. Pedro com Inês de Castro.
Entrada Gratuita.
Lenda da torre da princesa
Reza a lenda que uma bela princesa, que recusou casar-se com quem não amava, viveu toda a vida enclausurada naquela torre fronteira à belíssima torre de menagem do Castelo de Bragança. A ‘Torre da Princesa’, como é conhecida, tem duas portas: a do sol e a da traição.
Lendas à parte, o Castelo de Bragança foi mandado erigir pelo segundo rei e ampliado por ordem de D. Dinis. Sofreu várias invasões das tropas espanholas e ganhou a forma atual após a dinastia filipina.
Após obras de adaptação, no século XVIII, albergou um batalhão de infantaria e foi crucial na guerra contra as invasões napoleónicas.
Data O Castelo de Bragança foi mandado construir por D. Sancho I, no século XII.
Pormenor É um dos mais belos e mais bem preservados do País. É monumento nacional desde 1910.
Entrada 2 €.
Melhor exemplo da arquitetura militar islâmica
Data Fortificação iniciou-se no século VIII. A última grande intervenção árabe data de 1227.
Pormenor Tem sido alvo de campanhas arqueológicas.
Entrada 2,80 €.
A mais antiga feira medieval
Exemplo paradigmático da arquitetura militar medieval, o Castelo de Santa Maria da Feira é cenário da mais antiga feira medieval portuguesa. Foi um dos locais de resistência ao Mestre de Avis, na crise de 1383/85, uma vez que o senhor tinha tomado partido pelos espanhóis. Foi depois entregue a D. Nuno Álvares Pereira.
Data Século XI.
Pormenor Duas torres conferem-lhe originalidade.
Entrada 2 €.
Marvão tem vista única
Hoje em dia, o Castelo de Marvão vale pela vista de cortar a respiração, já que do seu alto se "conseguem ver as águias pelas costas". Recebeu obras de melhoramento a pensar nos visitantes e até é palco de um festival de música clássica.
Data 1299.
Pormenor D. Afonso III doou a vila a D. Afonso Sanches, mas este perdeu-a para o meio-irmão, D. Dinis, que mandou construir o castelo.
Entrada Bilhetes a 1,5 €.
A fortaleza onde nasceu Portugal
Data A fundação é atribuída a Mumadona, no século X.
Pormenor Em 1836, esteve à beira de ser demolido. Valeu o voto contra de um vereador.
Entrada 2 €.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.