Mark Zuckerberg admite que Cambridge Analytica obteve os seus dados pessoais.
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O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, garantiu na comissão de Comércio e de Energia da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) que os seus dados estiveram incluídos na fuga de informação de utilizadores daquela rede social à Cambridge Analytica.
A revelação foi feita a Anna Eshoo, senadora democrata do Estado da California, durante a segunda (e última) audição no Congresso. Leia a conversa entre a senadora e o presidente executivo do Facebook:
"- Acha que tem uma obrigação moral de gerir uma plataforma que protege a democracia?
- Sim.
- Os seus dados pessoais foram incluídos na fuga de informação à Cambridge Analytica?
- Sim.
- Está disposto a mudar o seu modelo de negócio para proteger o interesse da privacidade individual?
- Não sei o que quer dizer com isso. "
Mark Zuckerberg participou esta terça-feira na primeira de duas audições. Na primeira audição, o fundador do Facebook explicou a polémica com a empresa Cambridge Analytica: "O que vemos aqui é que as pessoas escolheram partilhar informação com um programador que foi transferida para fora do nosso sistema", explicou. A audição desta quarta-feira é a segunda e última.
O CEO da maior rede social do planeta rejeitou a noção de que os utilizadores não têm controlo suficiente sobre os dados que o Facebook recolhe. "Sempre que alguém escolhe partilhar alguma coisa no Facebook... têm esse controlo. Logo nesse momento. Não está escondido nas definições ou opções, está assinalado lá", defendeu.
Regulação das redes sociais é inevitável
O presidente da empresa e rede social Facebook, Mark Zuckerberg, disse hoje perante o Congresso norte-americano acreditar que é "inevitável" uma regulação da internet e das redes sociais, desde que sem prejudicar as pequenas empresas do setor.
"A importância da internet está a crescer no mundo e penso que é inevitável uma certa forma de regulação", disse o responsável no segundo dia de audiências no Congresso sobre o caso da utilização de dados de membros do Facebook.
"Muitas vezes os regulamentos aplicados fazem com que uma empresa com recursos como a nossa possa respeitá-los, mas para empresas mais pequenas pode ser mais difícil. Esse tipo de coisas deve ser considerado com atenção quando falamos de regras que devem ser colocadas em prática", advertiu.
Legisladores democratas e republicanos dos Estados Unidos já publicaram uma possível regulação para o Facebook e outras empresas de tecnologia, envolvidas em escândalos relacionados com a privacidade e interferências externas. Não é claro como seria essa regulação e Zuckerberg também não apresentou detalhes.
As respostas de Zuckerberg não têm agradado a todos os presentes. O senador republicano John Kennedy, por exemplo, já confirmou que o futuro da rede social depende das afirmações feitas no Congresso. "Não quero votar uma regulação do Facebook mas juro por Deus que o faço se for preciso", disse.
No entanto, Zuckerberg fugiu sempre a questões relacionadas com legislação específica, nunca dando uma resposta concreta, mas garantindo que a sua equipa iria analisar todas as propostas. "É inevitável que seja necessário alguma regulação" [de empresas online], acabou por admitir.
Rede social armazena "temporariamente" dados de navegação
Zuckerberg acabou por confessar, igualmente, que a rede social armazena "temporariamente" os dados de navegação dos utilizadores para descobrir interesses para publicidade específica e direcionada.
Rússia ou a China não terão tido acesso a dados do Facebook
Mark Zuckerberg garantiu que a companhia não tem provas de que a Rússia ou a China tenham conseguido obter dados através do Facebook. Apesar disso, Zuckerberg confessou que as auditorias à recolha de dados feita por aplicações externas à rede social levarão "muitos meses" a terminar.
De resto, a empresa assegura, igualmente, que não tem qualquer servidor instalado na Rússia, o que reduz as hipóteses de Moscovo ter acesso dados indevidamente.
O Facebook está no centro de uma polémica internacional associada com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de utilizadores daquela rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, nomeadamente no escrutínio que ditou a eleição de Donald Trump para a Casa Branca e no referendo sobre o 'Brexit' (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).
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