Membros da família revezam-se para vigiar a criança no recreio.
“Insultam-no e batem-lhe”: Menino de 12 anos atacado por grupo em escola de Lisboa
As agressões começaram a 12 de dezembro. Da provocação passou-se ao confronto físico e a vítima de bullying – um rapaz de 12 anos, que foi atacado por outros entre os 12 e os 17 – teve de ser levado a casa por uma funcionária da Escola Delfim Santos, em Lisboa. A tia Cláudia (nome fictício) diz que a criança vive em sobressalto. Tudo começou quando começaram a chamar-lhe "racista". "É incompreensível", aponta Cláudia. "Inventaram esta história que não faz qualquer sentido."
A vida da família foi afetada, até porque o bullying não parou. Desde o primeiro episódio foram apresentadas seis queixas na PSP, mas as únicas pessoas a serem notificadas foram a própria vítima e os pais. "Falámos com a Escola Segura, perguntámos porque é que não punham polícias à porta, mas responderam-nos que só o poderiam fazer se a Delfim Santos fosse sinalizada como escola de risco.
Enquanto tal não acontecer, podem passar por lá, mas não parar." A solução encontrada pela família foi revezarem-se para fazer vigilância, com o menino a passar os intervalos em local visível. "Já aconteceu estar à porta da escola e ver o meu sobrinho a ser agredido e ter de intervir", revela a tia. "Insultam-no e batem-lhe. Não é vida para ninguém."
O Correio da Manhã contactou a EB 2,3 Delfim Santos e recebeu resposta do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, que desvaloriza as ocorrências. "A classificação de bullying ligada a algum episódio de desentendimento pontual entre alunos deve ser corrigida, pois não estão identificadas na escola quaisquer situações que se insiram nessa categoria", escreveu a direção. "O ambiente pacífico de aprendizagem não pode sofrer a extrapolação de situações pontuais que, muitas vezes, são amplificadas por adultos", acrescentou.
"Bullying é violência e é grave" CM-
"Bullying é violência e é grave" CM-
Marta Martins Leite – A escola tem de ter um papel preponderante numa situação destas. Tem de intervir. Seja com psicólogos escolares, com sessões de conversa, chamadas de atenção – as aulas de cidadania também servem para isso. Em última instância há sempre a Escola Segura.
E como é que a família pode contribuir?
– É fundamental procurar ajuda psicológica. O bullying pode desencadear situações graves como distúrbios de sono, problemas de estômago, transtornos alimentares, irritabilidade. Eventualmente uma depressão, transtornos de ansiedade, falta de apetite, pensamentos destrutivos, desejo de morrer. O bullying é violência e é muito grave.
O bullying pode marcar a vítima para toda a vida?
– O bullying dificulta a aprendizagem dos alunos e afeta a vida futura: o percurso estudantil, universitário, profissional. É importante ajudar a criança a perceber que não é culpada do que lhe está a acontecer e ajudá-la a criar mecanismos de defesa.
Aluno agredido por colega
Um aluno da Escola Secundária de Olhão, com cerca de 17 anos, foi esta quinta-feira agredido por um colega dentro do recinto escolar. Segundo o CM apurou, a vítima, de nacionalidade indiana, sofreu ferimentos na cara e recebeu assistência hospitalar. A agressão ocorreu após um desentendimento entre os dois jovens, que terá começado no refeitório. Uma equipa do programa Escola Segura da PSP esteve no estabelecimento e abriu um inquérito. O CM tentou falar com a direção da escola, mas sem sucesso.
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