Os 10 países mais perigosos para se ser mulher

A Índia é o país mais perigoso do mundo para se ser mulher, segundo dados da Fundação Thomson Reuters. Os Estados Unidos da América integram o Top 10

28 de setembro de 2019 às 15:27
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Uma em cada três mulheres sofre de violência física ou sexual em todo o mundo. O casamento infantil ainda é uma realidade, com quase 750 milhões de meninas casadas antes dos 18 anos. Na maioria dos casos, as crianças acabam por engravidar e colocar a sua saúde em risco. As conclusões são de um estudo sobre os países mais perigosos para as mulheres, realizado pela Fundação Thomson Reuters, em 2018. 

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Violência sexual e tradições colocam Índia em primeiro lugar

De acordo com o relatório da Fundação Thomson Reuters, a Índia é o pior país para uma mulher viver. Entre os principais motivos estão a violência sexual, o tráfico para trabalho doméstico, trabalho e casamento forçados e a escravidão sexual. A pesquisa, realizada entre março e maio, foi feita por 550 especialistas em questões sobre mulheres, da Europa, África, América, Sudeste Asiático, Sul da Ásia e Pacífico. Para o estudo, os profissionais entrevistaram académicos, equipas de saúde, trabalhadores de Organizações Não-Governamentais, responsáveis políticos e comentadores sociais.
A Índia foi também classificada como a mais perigosa devido às práticas culturais e tradicionais, como os ataques com ácido, o casamento infantil e a mutilação genital feminina. A história de Laxmi Saa é apenas uma de muitas. A jovem indiana foi atacada com ácido depois de ter recusado casar-se com um homem de 32 anos. Laxmi tinha apenas 15 anos. Em 2016, foi protagonista de uma campanha para a marca de roupa Viva N Diva, com o objetivo de mudar os padrões de moda e beleza da sociedade. A menstruação também é vista como um tabu pelos indianos. Há quem acredite que as mulheres menstruadas são impuras e, por isso, milhares de mulheres submetem-se a histerotomias para poderem trabalhar.Casos como estes fizeram com que o país fosse várias vezes manchete por crimes de violência sexual contra mulheres.

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E o décimo lugar vai para… os EUA

A fechar a lista dos dez países mais perigosos do mundo para se ser mulher encontram-se os EUA. O país que foi palco e impulsionador dos movimentos #MeToo e Time’s Up, contra o assédio e violência sexual, surpreendeu os especialistas ao integrar este ranking. É o único país ocidental mencionado no relatório.Em 2017, várias atrizes denunciaram casos de abuso sexual contra figuras de topo de Hollywood e o caso do antigo produtor Harvey Weinstein foi paradigmático.
Weinstein foi acusado de assédio sexual e violação por dezenas de mulheres e a onda de denúncias deu origem ao movimento #MeToo. O cofundador dos estúdios Miramax e da Weinstein Company será julgado a 6 de janeiro de 2020. O ranking dos piores países para se ser mulher fica completo com o Afeganistão no segundo lugar, seguido da Síria (3.º lugar), da Somália (4.º) e da Arábia Saudita (5.º lugar). Na sexta posição encontra-se o Paquistão e a República Democrática do Congo, o Iémen e a Nigéria ocupam as posições seguintes. 

Webdesign Edgar Lorga
Produção multimédia Sandro Martins
Texto Liliana Gonçalves
Infografia e iconografia Liliana Gonçalves
Fotografias Getty Images
Edição Liliana Gonçalves e Catarina Cruz

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