Era 11 de Setembro de 2001. O dia começou como tantos outros no movimentado distrito financeiro de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A manhã solarenga foi interrompida pelos choques suicidas de dois Boeing nas torres gémeas do World Trade Center que acabariam por colapsar no atentado terrorista mais demolidor da história.
Era 11 de Setembro de 2001. O dia começou como tantos outros no movimentado distrito financeiro de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A manhã solarenga foi interrompida pelos choques suicidas de dois Boeing nas torres gémeas do World Trade Center que acabariam por colapsar no atentado terrorista mais demolidor da história.
O voo 11 da American Airlines parte do aeroporto internacional de Boston, no estado do Massachusetts, com destino a Los Angeles, na Califórnia, com 14 minutos de atraso. A bordo do Boeing 767 estão 76 passageiros, 11 membros da tripulação e cinco terroristas. Mohamed Atta, apontado como o principal mentor dos ataques, segue no avião com Al Suqami, Alomari e Waleed e Wail Alshehri.
O voo 175 da United Airlines parte do aeroporto internacional de Boston, com destino a Los Angeles, com 14 minutos de atraso. No avião seguem 51 passageiros, nove tripulantes e cinco terroristas. Neste momento, o voo 11 é desviado enquanto sobrevoa a zona central do Massachusetts. Dezasseis segundos após o contacto com a torre de controlo, num procedimento de rotina, os controladores aéreos dão instruções ao piloto para aumentar a altitude, mas já não obtêm qualquer resposta.
A bordo do voo 11, a hospedeira Betty Ann Ong telefona para a companhia aérea e alerta que o voo está a ser sequestrado. O telefonema dura cerca de 25 minutos e Betty fornece informação detalhada sobre o que se passa a bordo. Relata que há três pessoas esfaqueadas – um passageiro e dois comissários de bordo – e que os terroristas terão uma bomba. O passageiro é Daniel Lewin, que tinha servido o exército israelita, e que terá sido a primeira vítima mortal dos ataques.
O voo 77 da American Airlines parte com 10 minutos de atraso do Aeroporto Internacional Washington Dulles, com destino a Los Angeles. No Boeing 757 seguem 58 passageiros e seis membros da tripulação. A bordo seguem também cinco terroristas. Três deles fizeram disparar o detetor de metais quando passaram pela segurança, mas as autoridades não encontraram nada nas revistas.
Mohamed Atta, um dos terroristas a bordo do voo 11, tenta falar aos passageiros e tripulação, mas engana-se no botão e comunica duas vezes para a torre de controlo de Boston. Atta diz que têm planos e adverte os passageiros para que estejam quietos. Uma destas comunicações é ouvida pelo piloto do voo 175, que alerta a Administração Federal de Aviação. Minutos mais tarde, este voo também seria sequestrado.
O voo 175 é sequestrado quando sobrevoa Nova Jérsia. A esta hora está também a descolar o voo 93 da United Airlines, que parte com atraso do Aeroporto Internacional de Newark, no estado da Nova Jérsia, com destino a São Francisco, na Califórnia. A bordo seguem 33 passageiros e sete elementos da tripulação, assim como quatro terroristas.
O voo 11 embate contra a Torre Norte do World Trade Center, entre os andares 93 e 99. A colisão mata centenas de pessoas, entre as que estão a bordo do Boeing 767 e as que se encontram no edifício. As escadas de emergência ficam danificadas e centenas de pessoas ficam presas acima do 91.º andar. Os serviços de emergência de Nova Iorque enviam para o local bombeiros, polícia e paramédicos.
Em pânico, várias pessoas saltam das torres, principalmente da Torre Norte, a primeira a ser atingida. Estima-se que entre 100 a 200 pessoas se tenham lançado dos edifícios, num ato de total desespero.
Brian Sweeney, um dos passageiros do voo 175, deixa uma mensagem para a mulher, Julie, no atendedor de chamadas. Brian diz que o avião em que segue foi sequestrado e que ama imenso a mulher. E termina com uma réstia de esperança: “Espero conseguir telefonar-te”.
O voo 175 embate na Torre Sul do World Trade Center, entre o 77.º e o 85.º andares.
O presidente George W. Bush, em visita oficial a uma escola primária na Flórida, é inicialmente informado da colisão de um avião contra a Torre Norte, às 8h50. Bush e os conselheiros admitem tratar-se de um acidente. Quinze minutos depois, Andrew Card, chefe de gabinete de Bush, sussurra-lhe ao ouvido: “Um segundo avião embateu contra a segunda torre. A América está a ser atacada.” Bush prossegue a leitura que estava a fazer aos alunos e quando sai da escola descreve os ataques como uma “tragédia nacional”.
O voo 93 é sequestrado quando sobrevoa o norte do estado do Ohio. Os terroristas entram na cabine e, via rádio, é pedido socorro: “Mayday”. Na transmissão ouvem-se sons que indiciam confrontos físicos. Três minutos depois, um dos terroristas dirige-se aos passageiros e avisa que há uma bomba a bordo. Neste momento, os passageiros começam a fazer telefonemas e são informados das colisões contra as torres do World Trade Center.
O voo 77 choca com a ala oeste do Pentágono, no estado da Virgínia, a cerca de 6 quilómetros da Casa Branca, em Washington. A colisão, à qual se segue um violento incêndio, mata os 58 passageiros e seis membros da tripulação que estavam a bordo e 125 militares e civis que se encontravam em terra.
É dada indicação para todos os voos civis aterrarem. O último avião aterra às 12h16 e o espaço aéreo norte-americano é encerrado.
A hospedeira de bordo CeeCee Lyles, que segue a bordo do voo 93, telefona ao marido cerca de 18 minutos após o avião ser sequestrado. CeeCee deixa uma mensagem para Lorne no atendedor de chamadas. Diz-lhe que voltaram para trás e que foi informada que dois aviões tinham embatido contra o World Trade Center.
A Torre Sul do World Trade Center desaba, 56 minutos após ter sido atingida pelo Boeing 767 do voo 175. O edifício de 110 andares desmorona-se em 10 segundos, matando mais de 800 pessoas, entre civis e operacionais dos serviços de emergência que se encontravam dentro do edifício e nas suas imediações.
O voo 93 é derrubado pelos terroristas, na sequência de uma luta na cabine, e despenha-se perto de Shanksville, na Pensilvânia. Os passageiros terão sabido dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono e terão entrado na cabine para fazer frente aos terroristas. A Comissão do 11 de Setembro acredita que o alvo do voo 93 seria o Capitólio ou a Casa Branca, ambos em Washington.
Colapsa a Torre Norte do World Trade Center, 1h42 minutos depois de ter sido atingida pelo avião do voo 11. O ataque à Torre Norte matou mais de 1600 pessoas.
O presidente George W. Bush fala ao país a partir da Casa Branca. No discurso, que tem pouco mais de quatro minutos, Bush fala de ataques perpetrados para intimidar a nação americana, que “falharam” porque a América é um país forte. O presidente sublinha que estão empenhados todos os meios para encontrar os terroristas e termina citando o Salmo 23: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo.”
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