De herói de Hollywood a “agressor de mulheres”. Conseguirá Johnny Depp recuperar?
Era o rei das bilheteiras, com milhões no banco, pilhas de ofertas de filmes e legiões de fãs.
Eduardo Mãos de Tesoura
hoje, ficamos impressionados com a ternura peculiar que
Quando vemos Eduardo Mãos de Tesoura hoje, ficamos impressionados com a ternura peculiar que Johnny Depp conferiu ao papel que o transformou de galã dos anos 80 em ícone indie dos anos 90 (e lhe rendeu a sua primeira nomeação para um prémio de grande importância – o Globo de Ouro para melhor ator). Em Mãos de Tesoura (1990), Depp interpreta um solitário frágil cuja estranheza o torna cativante, mas acaba por isolá-lo. Era um papel para o qual Depp parecia destinado (embora, estranhamente, Tim Burton quisesse que Tom Cruise o interpretasse), catapultando-o para outros papéis de marginais excêntricos que vieram a defini-lo. Em Gilbert Grape (1993), Ed Wood (1994) e Donnie Brasco (1997), Depp ficou gravado na imaginação pública como um herói ferido, personificando a reação grunge dos anos 90 ao pop dos anos 80. Para o biógrafo Michael Blitz, Depp cristalizou uma época: "O curioso subproduto das forças em conflito da cultura popular americana e, em menor grau, da cultura pop europeia."
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