Hollywood é novo negócio da China
Indústria norte-americana muda produções após lucros galopantes na Ásia.
Se a nível de liderança económica a China já faz sombra aos EUA, no cinema o maior mercado asiático também está a ganhar peso. Aquilo que os peritos já apelidam de "nova cara" da indústria nota-se na altura de fazer contas: em 2013, o mercado chinês foi o mais rentável fora das fronteiras americanas com um crescimento de 27% nas receitas de bilheteira até aos 2,68 mil milhões de euros. A tendência é para crescer.
Até agora, o maior êxito global é ‘Transformers 4 – A Era da Extinção’, blockbuster que é o primeiro do ano a superar a marca dos 740 milhões de euros de receitas globais. Só no mercado chinês, o filme de Michael Bay rendeu mais de 220 milhões de euros.
O sucesso não é por acaso: os produtores do filme exigiram que parte da ação se passasse na China, com personagens a comerem pratos como ‘pato à Pequim’ e a passearem-se pelo parque natural de Wulong Karst. Já os outros dois êxitos de 2014 são, até agora, ‘Godzilla’, que retoma um ícone asiático, e ‘Planeta dos Macacos: A Revolta’, que se passa em São Francisco, cidade muito popular na Ásia. A nível de elenco, também novas estrelas chinesas estão a ganhar peso nos Estados Unidos da América. Se em ‘Transformers 4’, Li Bingbing teve uma participação crescente, já Fan Bingbing (que não tem qualquer grau de parentesco com Li) foi a mutante Blink em ‘X-Men: Dias de um Futuro Esquecido’ e participou em cenas adicionais para o mercado chinês de ‘Homem de Ferro 3’. Na China, os filmes norte-americanos representam, assim, já mais de metade dos lucros de bilheteiras e, só em 2013, houve 612 milhões de espectadores nas salas de cinema.
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