Marília Pêra lê cartas de um louco amor
Esta é uma história de amor como já não há: torturado e ciumento, um amor que pode chegar à violência”, diz a actriz Marília Pêra, que está de volta aos palcos nacionais para interpretar mais um monólogo numa carreira de seis décadas.
Aos 69 anos, interpreta ‘Herivelto Como Conheci’, peça que encerra, desta quinta a domingo, na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa, a Mostra de Teatro do Brasil e que recorda a paixão que uniu o compositor brasileiro Herivelto Martins (1912-1992) à sua terceira e última mulher, Lurdes Torelly.
A partir de cartas que o músico escreveu à amada entre 1947 e 1949 – e que, segundo vontade da própria, deviam ter sido destruídas – os actores Cacau Hygino e Yaçanã Martins (filha de Herivelto e Lurdes) escreveram uma peça que destinaram, desde o início, a Marília Pêra.
Depois de Maria Callas, Coco Chanel ou Carmen Miranda, a actriz encarna agora, sob a direcção de Cláudio Botelho, uma mulher amada até à loucura. Nele revela outro dos seus talentos: canta.
Para ver de quinta a sábado às 21h00 e domingo às 16h00.
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