Mário Barroso assina um belo filme sobre o amor

'Lavagante' era um projeto de António-Pedro Vasconcelos, que morreu antes de o concretizar.

01 de outubro de 2025 às 01:30
Júlia Palha e Francisco Froes em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Júlia Palha e Francisco Froes em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Francisco Froes e Júlia Palha em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Francisco Froes em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Júlia Palha em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Francisco Froes em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Júlia Palha em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Júlia Palha e Diogo Infante em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Júlia Palha em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Nuno Lopes em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Júlia Palha e Leonor Alecrim em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Nuno Lopes em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados
Francisco Froes em 'Lavagante' Foto: Direitos Reservados

1/13

Partilhar

É o último sonho do realizador António-Pedro Vasconcelos (1939-2024), que morreu sem ter conseguido levar ao grande ecrã o livro de José Cardoso Pires que o apaixonava. Mas deixou o argumento escrito, e o filme estreia mesmo, nesta quinta-feira, com o cineasta Mário Barroso a pegar no testemunho e a levá-lo a bom porto. ‘Lavagante’, que conta uma história de amor que tem como pano de fundo o Portugal dos anos 60, traz Júlia Palha e Francisco Froes nos protagonistas. Dois amantes condenados por causa de um regime que não dá tréguas.

Ao CM, Mário Barroso admite que respeitou o argumento de António-Pedro Vasconcelos “quanto baste”, mas que o leu à luz da sua própria “sensibilidade”. “É claro que não podia ser o mesmo argumento – somos criadores muito diferentes, eu e o António-Pedro, mas acho que o espírito da coisa está lá e penso que ele ficaria satisfeito com o trabalho que fiz”, considera.

Pub

A primeira surpresa é que ‘Lavagante’ é a preto e branco. Mário Barroso diz que lhe pareceu uma “evidência”. “Sei que é um cliché monumental, mas a verdade é que o Portugal dos anos 60 – que eu vivi – era triste, cinzento, sem alegria, sem esperança. É difícil explicar como se vivia com medo. Disse ao produtor [Paulo Branco] que gostaria de rodar o filme a preto e branco, porque era o que fazia sentido, e pensei que ia recusar. Mas não. Aceitou de imediato. E assim foi”, recorda o realizador de 78 anos.

Outra surpresa são os atores – uma seleção certeira de que o próprio Mário Barroso se orgulha. “Sou muito hesitante. Demoro muito tempo a escolher os intérpretes. Mas depois de ver o resultado percebi: acertei mesmo e estou reconhecido a todos”, sublinha. Além dos protagonistas, o elenco inclui ainda Diogo Infante, Nuno Lopes, Leonor Alecrim e Afonso Lagarto, entre outros.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar