Morreu o realizador espanhol Carlos Saura
Cineasta tinha 91 anos.
O cineasta espanhol Carlos Saura morreu esta sexta-feira aos 91 anos devido a insuficiência respiratória em Madrid, Espanha. Saura foi o último realizador clássico do cinema espanhol.
O realizador iria receber esta sábado um prémio de honra, o Goya, justificado pela "extensa e altamente pessoal contribuição criativa para a história do cinema espanhol desde o final dos anos 50 até aos dias de hoje", afirmou o presidente da Academia, citado pelo jornal El Pais.
Carlos Saura é conhecido pela direção dos filmes: "'La caza'(1966), 'Peppermint frappé' (1967), 'Elisa, vida mía' (1977) e 'Flamenco' (1995), entre outros. A expressão artística do cineasta é relembrada, por muitos, como uma forma de luta pela liberdade, contra a censura do regime franquista.
De recordar a ligação estreita com Portugal do realizador pelo filme Fados (2007), que dá destaque à música e cultura portuguesas e aborda tópicos como a saudade, palavra intraduzível, e o espirito da nação lusa.
A insuficiência respiratória que levou ao óbito do cineasta aconteceu na sequência do declínio do estado de saúde do mesmo. No ano passado, Saura sofreu um derrame quando passeava os seus cães, o que terá deixado mais fragilizado.
O realizador espanhol esteve ativo durante décadas e nunca deixou de facto de trabalhar. O último filme, um documentário sobre a evolução da arte em paredes, desde a arte rupestre até às grafitis, foi lançado a 3 de fevereiro.
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