“Política é a arte mais nobre do ser humano”: Vítor Ramalho sobre episódios de vida
Ex-governante lança ‘As Minhas Causas’, um registo “para memória futura” de situações e acontecimentos vividos.
Vítor Ramalho é um homem de causas. O seu percurso de vida mostra isso mesmo, o que explica a importância do relato, na primeira pessoa, de episódios vividos pelo ex-governante, que acredita que “a política é a arte mais nobre do ser humano”. Em ‘As Minhas Causas’ (Guerra & Paz), o antigo dirigente e governante socialista relata as experiências que teve como secretário de Estado (1983-1985 e 1997-2000) e amigo de Mário Soares.
“Tenho consciência, sem falsa modéstia, de que participei em múltiplos acontecimentos que penso serem importantes para memória futura e para o interesse coletivo. Constato que, hoje em dia, só estamos a analisar a espuma dos dias e não a essência do rumo de marcha do nosso país”, explica Vítor Ramalho, que há mais de dez anos que ocupa o cargo de secretário-geral da UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa).
Na esperança de deixar “à juventude um legado que a consciencialize da necessidade de História e de memória”, o autor oferece um registo das suas causas que, segundo o próprio, “são de todos, porque os desígnios nacionais não são pertença exclusiva de ninguém” e “nenhuma ação humana é possível ser alcançada isoladamente”.
Nascido em Angola, Vítor Ramalho assume a “dupla pertença” angolana e portuguesa e aborda, em ‘As Minhas Causas’, factos ligados à luta anticolonial, assim como à política interna de Portugal e à afirmação do nosso país no Mundo.
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