Portugal ganha um novo matador

"A alternativa é a concretização de um sonho. E espero dar uma nova imagem do toureio a pé." Palavras de Manuel Dias Gomes, o novilheiro de 24 anos que a 30 de maio toma alternativa de matador em Gamarde, França, com Thomas Dufau como padrinho e Juan Leal como testemunha.

Manuel Dias Gomes tem sangue tauromáquico a correr-lhe nas veias. Filho de José Luís Gomes, ex-cabo do grupo dos Forcados Amadores de Lisboa, diz que se sentiu, naturalmente, influenciado pela festa brava. Começou a tourear com 11 anos, mas foi aos 15 anos que assumiu a paixão pela arena, quando entrou na escola de Toureio José Falcão, em Vila Franca de Xira. Tirou mestrado em engenharia agronómica, mas agora quer dedicar-se "inteiramente aos toiros".

"Ser matador é um passo acima", explica ao CM o ainda novilheiro. Para ele, a alternativa é a "consagração de um toureiro".

A escolha por França deveu-se ao facto de este ser um dos países, além de Espanha, em que se pode ser matador de toiros. "França está em contínua evolução no toureio. Vou inaugurar uma praça e, por isso, tem significado especial", afirma.

Do toiro não sente medo, mas assume que o melhor sentimento é quando domina o animal e encanta o público. Manuel Dias Gomes só tem um medo: "o fracasso", por isso, espera "triunfar, triunfar".