Sector dos espetáculos em crise: “Há quem não trabalhe há mais de 12 meses”

Primeiros festivais de verão começam a cair e setor precisa de encontrar soluções urgentes.

08 de março de 2021 às 08:30
/fotospublicadas/Fotos/2-12273088 (9126974) (Milenium) Foto: Marisa Cardoso
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"Há pessoas que não trabalham há mais de doze meses. Em breve teremos a falência de muitas empresas e trabalhadores liberais.” Quem o diz é Álvaro Covões, vice-presidente da Associação de Promotores de Espectáculos, Festivais e Eventos (APEFE) que, juntamente com outras associações, tem vindo a trabalhar com o Governo desde janeiro no sentido de encontrar um caminho para a retoma do setor. “Temos de encontrar uma solução”, afirma.

A ideia que está em cima da mesa é a realização de eventos-piloto que sirvam de teste, mas “o modelo em que estes se poderão realizar ainda é algo que está a ser estudado”, diz aquele responsável, que aponta as suas atenções para o próximo dia 11, quando o Governo anunciar o novo plano de desconfinamento. “Só podemos pensar em fazer eventos-piloto quando soubermos que vamos desconfinar, de outra forma até seria ilegal”, refere Álvaro Covões, lembrando que os testes servirão para toda a tipologia de eventos, dos corporativos aos desportivos.

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Sobre se os recentes adiamentos do Primavera Sound e do Rock in Rio podem motivar a queda de todos os outros festivais de verão, aquele responsável lembra que cada festival tem as suas características, que assentam fundamentalmente em três logísticas: a logística própria, a dos fornecedores e a dos artistas.

87%

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foi a quebra que o setor dos espetáculos ao vivo registou no ano de 2020. O valor ultrapassou os 90% no final do ano.

Já vários festivais foram cancelados ou adiados em Portugal: o Sons de Vez, o Porta-Jazz, Às Vezes o Amor, o Primavera Sound e o Rock in Rio - Lisboa.

Os festivais Coachella (EUA) e Glastonbury (UK), dois dos maiores do Mundo, foram os primeiros a anunciar adiamento.

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