João Mota esteve para fazer peça de teatro com Raul Solnado.
Vasco Bernardo tem 55 anos, um casamento de 30, e nunca traiu a mulher. Apetece-lhe um caso extraconjugal, mas há um problema. Vasco não quer sexo. Ou pelo menos não quer só sexo. Gostaria de conhecer a mulher primeiro, de trocar impressões, de a ficar a conhecer. E aí, a coisa complica-se. Porque Vasco é ‘O Último dos Românticos’ e não há quem o compreenda.
A peça, escrita pelo norte-americano Neil Simon em 1969, foi entregue a João Mota no final da década de 70, com a proposta de a dirigir com Raul Solnado como protagonista. Infelizmente, o projeto falhou. "Havia uma pessoa que tinha os direitos de representação em exclusividade", explica o encenador, que nunca se esqueceu deste texto. "Agora, parece-me ainda mais atual do que naquela altura", admite.
A solidão em que vive Vasco – interpretado pelo ator Carlos Paulo – é, reflete João Mota, "a solidão de todos nós, num mundo onde é cada vez mais difícil encontrar quem nos escute". A grande surpresa do espetáculo da Comuna é, porém, a atriz Maria Vieira, que colabora pela primeira vez com a companhia, num papel que lhe é pouco habitual.
"Gostei muito de trabalhar com ela e vi como se entregou a uma personagem cuja graça reside naquilo que diz e não na forma como o faz", conclui João Mota. Ao lado de Maria Vieira estão ainda Margarida Cardeal e Maria Ana Filipe. Os bilhetes para este espetáculo, que estreia no próximo dia 7 de abril, custam entre 5 e 10 euros. Fica em cena até dia 29 de maio.
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