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Adeus a Carmen Dolores, a dama do teatro

Começou a trabalhar aos 14 anos e retirou-se aos 81. Em 2018 foi homenageada no Teatro da Trindade, cuja sala principal passou a designar-se Sala Carmen Dolores.

17 de fevereiro de 2021 às 01:30
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Adeus a Carmen Dolores, a dama do teatro

Carmen Dolores morreu na segunda-feira, aos 96 anos. A voz, límpida, inconfundível, lançou-lhe a carreira na rádio, com apenas 14 anos, e a beleza – revelada pelo realizador António Lopes Ribeiro no filme ‘Um Amor de Perdição’ (1943) – fez o resto. Carmen chegou ao teatro aos 21 anos, estreando-se na peça ‘Electra, a Mensageira dos Deuses’, sob a direção de Francisco Ribeiro (Ribeirinho) no Teatro da Trindade. O mesmo palco que, em 2018, foi batizado Sala Carmen Dolores, como forma de homenagear uma carreira cheia de glórias. É que entre um ano e outro, Carmen Dolores fez tudo. Cinema, teatro, declamação, teatro televisivo, telenovelas. Integrou o elenco do grupo Os Comediantes de Lisboa e da Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro, foi uma das fundadoras do Teatro Moderno de Lisboa, escreveu livros e defendeu causas (foi uma das mais ativas impulsionadoras da Casa do Artista). Em 2005, despediu-se dos palcos com o espetáculo ‘Copenhaga’, no Teatro Aberto, onde tantas vezes trabalhou.

A atriz estará em câmara ardente dia 19 de fevereiro (6ª feira), a partir das 10h00, na Igreja de Fátima na Avenida de Berna em Lisboa. O funeral será às 15h00 no Cemitério do Lumiar em Lisboa.

PERFIL

Carmen Cohen Sarmento Veres Dolores nasceu em Lisboa a 22 de abril de 1924. Filha de um jornalista, estreou-se na rádio com 14 anos, a dizer poesia. Aos 19 chegou ao cinema e dois anos depois ao teatro. Nos anos 60 fez teatro televisivo e, a partir dos anos 80, novelas. Em 1947 casou com Vítor Veres, de quem teve um filho, Rui.

PORMENORES

Presidente evoca atriz

Marcelo Rebelo de Sousa lamentou a morte de Carmen Dolores e lembrou a data, em 2018, em que entregou à atriz as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, "uma das muitas" honras que recebeu.

Diogo Infante escreve

Diogo Infante, que, na qualidade de diretor artístico do Trindade, atribuiu o nome da atriz à sala principal daquele teatro, usou as redes sociais para dizer "obrigado, querida Carmen, por tudo".

Prémios e distinções

Entre outros, atriz foi distinguida com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a Medalha de Ouro da Câmara de Lisboa e o prémio Sophia de Carreira da Academia de Cinema.

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