Na televisão, Adelaide João, que no meio teatral era conhecida como Lai lai, estreou-se na RTP, com "Fim de Semana em Madrid", em 1960.
Morreu esta quarta-feira de madrugada a atriz Adeleide João, vítima da Covid-19. É a segunda morte após o surto do novo coronavírus na Casa do Artista.
No dia 25 de janeiro, na página de Facebook, a Casa do Artista indicava que "após onze meses de grande cuidado e dedicação" tinham sido detetados "testes positivos entre os residentes e funcionários", tendo sido "tomadas todas as precauções e diretrizes indicadas pelas diversas entidades competentes".
Maria da Glória Pereira Silva, de nome artístico Adelaide João, nasceu em Lisboa em 27 de julho de 1921 e começou como atriz amadora no grupo de teatro da Philips.
A intérprete iniciou-se no pela mão do pai do ator Morais e Castro e foi buscar o nome profissional aos dois primeiros nomes da mãe e do pai.
Estudou no Conservatório Nacional e, em 1961, partiu para Paris para estudar teatro, com uma bolsa de estudo, tendo trabalhado em teatro com várias companhias francesas já que obteve a carteira de atriz profissional naquele país. Chegou a trabalhar numa companhia de teatro que era dirigida por Ingrid Bergman, como disse em declarações à RTP.
A atriz integrou o elenco de "A intrusa", do dramaturgo belga Maurice Maeterlinck, "A Castro", de António Ferreira, em 1961, e "Eva e Madalena", de Ângelo César, em 1962.
Em 1961, representou "O consultório", de Augusto Sobral, no Teatro Nacional D. Maria II, e, um ano depois, "A rapariga do bar", dirigida por Couto Viana, no Teatro da Trindade pela Companhia Nacional de Teatro.
Em 1965, Adelaide João, volta de vez a Portugal, voltando também para a televisão e integrando a Companhia do Teatro Estúdio de Lisboa, dirigida por Helena Félix e Luzia Maria Martins.
Nos anos seguintes, integrou companhias como o Teatro Experimental de Cascais, Teatro Maria Matos, Casa da Comédia, Empresa Vasco Morgado ou O Bando, de que era cooperante.
No teatro O Bando fez parte do elenco de peças como "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, e "Os anjos", de Teolinda Gersão, entre outras.
O seu trabalho na televisão repartiu-se por séries, telenovelas, telefilmes e teatro televisivo.
"O fidalgo aprendiz", de Francisco Manuel de Melo, "A sapateira prodigiosa", de Federico García Lorca, "A vida do grande D. Quixote", de António José da Silva, "Schweik na Segunda Guerra Mundial", de Brecht, foram outras das muitas peças em que participou.
Integrou o elenco de telenovelas como "Vila Faia" (1982), "Origens" (1983), "Chuva na areia" (1985), "Palavras cruzadas" (1987), "Nunca digas adeus" (2001) e "Tudo por amor" (2002).
"Os gatos não têm vertigens", de António-Pedro Vasconcelos, "A última dança", "A mulher que acreditava ser presidente dos Estados Unidos", de João Botelho, "Telefona-me" e "A estreia", de Frederico Corado, "O processo do rei" e "O fim do mundo", de João Mário Grilo, "Francisca", "manhã submersa" e "Amor de perdição", de Manoel de Oliveira, contam-se entre os filmes em que participou.
O último trabalho de Adelaide João na televisão data de 2014 na série televisiva "The Coffee Shop Series", cuja primeira temporada foi transmitida na SIC Radical e, a segunda, na RTP 2.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.