Jovem criador distinguido com o Prémio Especial do Júri no Portugal International Film Festival
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- Recebeu recentemente o Prémio Especial do Júri no Portugal International Film Festival. Antes, tinha sido distinguido no Japão e em Itália, com o mesmo filme: a curta-metragem ‘O Anacleto Disse Que Não’. Que importância têm estes prémios para um jovem realizador de cinema?
- É sempre bom vermos o nosso trabalho reconhecido, principalmente quando se está a começar. Fico muito contente por ter sido premiado, felizmente tive uma equipa bastante talentosa a trabalhar comigo, que acreditaram no projeto e se dedicaram tanto quanto eu. Estou bastante grato.
- Era uma obra com que sonhava há muito tempo? Conta a história de uma mulher grávida que tem um desejo estranho, comer feijões…
- Durante o 2º ano da licenciatura surgiu-me a ideia de uma mulher que dava à luz as próprias mãos. Gostei e guardei-a. No ano seguinte, tínhamos de produzir um filme como projeto final, fui à gaveta e reencontrei-me com essa premissa. Repensei-a. Procurei entender a razão de a ter tido e percebi que me inspirei um pouco na minha mãe. A partir daí procurei explorar o receio de uma gravidez vivida sozinha. Passado oito meses, o filme estava a ser montado.
- Com que dinheiro financiou esta curta-metragem?
- Este foi um projeto final de licenciatura, o único dinheiro envolvido foi o dinheiro que o ICA disponibilizou à universidade (1 200 euros). Serviu para pagar adereços, roupas, alimentação e transportes. Ainda vendemos algumas t-shirts alusivas ao filme e conseguimos mais um pouco de dinheiro. O equipamento foi fornecido gratuitamente pela universidade e a equipa é toda composta por estudantes. Os atores aceitaram fazer o trabalho, mesmo sabendo que não iríamos ter maneira de lhes pagar.
- É sabido que é difícil fazer cinema em Portugal. É só por falta de apoios financeiros ou haverá outras razões?
- Fazer cinema em Portugal não é fácil. Há muita gente a concorrer e pouco dinheiro para distribuir. A verdade é que sem o apoio do ICA, dificilmente se consegue fazer um projeto cinematográfico em Portugal. Há poucos apoios, mas também não há bons incentivos por parte do Estado para levarem outras entidades a apostarem na cultura. A cultura ainda é vista como despesa, em vez de um investimento que, bem aproveitado, pode gerar receita para o País. No fundo, investir na cultura é investir na educação. Sem cultura não existe identidade.
- Qual é o realizador que mais admiras? E porquê?
- Gosto de muitos estilos e tenho várias referências no cinema. Gosto de Alejandro Jodorowsky, Ingmar Bergman, Robert Bresson, John Waters… Cada um com os seus traços e contributos. É uma escolha difícil.
- O que podemos esperar seu? Projetos para outros filmes?
- Neste momento estou a desenvolver uma longa-metragem de comédia, e estou a trabalhar no meu projeto final de mestrado, um argumento para uma curta-metragem surrealista.
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