A edição de hoje
Ângelo Pereira esteve em 48 ações do PSD enquanto fazia relatórios para o eurodeputado Paulo Cunha. Pais Oliveira fez campanha das legislativas quando já recebia pelo Parlamento Europeu.
Ângelo Pereira, presidente da distrital do PSD de Lisboa, esteve em 48 ações de campanha para as autárquicas em 20 dias, mas oficialmente estava a fazer relatórios para o eurodeputado Paulo Cunha. A informação é avançada pela Sábado, que também dá conta do caso de Ricardo Pais Oliveira, responsável pelas campanhas e pela comunicação da IL, que recebe salário via Parlamento Europeu como assessor de Cotrim Figueiredo.
Ângelo Pereira, que foi ainda diretor de campanha de Suzana Garcia à câmara da Amadora, estava a ser pago pelo Parlamento Europeu como assistente local. Tinha permissão para estar em Portugal a trabalhar para Paulo Cunha, que diz que se trata de uma “assessoria permanente para a execução de uma tarefa específica, com um limite temporal de três meses e uma remuneração total de nove mil euros”.
Por sua vez, Ângelo Pereira esclareceu que “a maioria das iniciativas” de campanha “decorreram ao fim do dia, à noite ou em fins de semana”. Já Ricardo Pais Oliveira, assessor de Cotrim e atual vice-presidente da IL, fez todas as campanhas nacionais dos liberais, a última delas para as legislativas de maio, quando já estava a ser pago por Bruxelas. Os assistentes dos eurodeputados estão impedidos de trabalhar para os partidos - este foi, aliás, o cerne da condenação da francesa Le Pen e de oito eurodeputados por desvio de fundos.
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